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terça-feira, 12 de novembro de 2024
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Oriente Médio

ONU denuncia invasão de base no Líbano pelas forças israelenses

Tanques israelenses destruíram o portão principal da base e entraram sem autorização. A ONU solícita respondeu imediatamente sobre o incidente

Postado em 13 de outubro de 2024 por Rikelme Santos
ONU
Foto: Reprodução

Organização das Nações Unidas (ONU) informou, neste domingo (13/10), que as Forças de Defesa de Israel (IDF) invadiram uma de suas bases no Líbano, em uma ação considerada “chocante”. Segundo o comunicado oficial, os tanques israelenses destruíram o portão principal da base e entraram sem autorização. A ONU solícita respondeu imediatamente sobre o incidente.

O episódio ocorreu por volta das 4h30 da manhã, quando dois tanques Merkava avançaram sobre a base da Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL). As forças de paz estavam abrigadas no local e pediram repetidamente que as luzes da base fossem apagadas, em uma tentativa de reduzir a tensão. Mesmo com as interferências, os tanques encontram-se na área por cerca de 45 minutos. 

ONU critica Israel

A ONU criticou fortemente a ação militar israelense, afirmando que a presença das IDF colocou seus soldados em risco. Pelo mecanismo de ligação entre as duas partes, a ONU destacou que esse tipo de incursão representa um perigo para as tropas de paz e é uma violação clara dos acordos específicos na região. Segundo o comunicado, não houve vítimas fatais, mas o susto e a ameaça foram evidentes.

Por volta das 6h40, a situação escalava ainda mais. Soldados da UNIFIL relataram disparos de armas de fogo a cerca de 100 metros da base, disparados pela liberação de fumaça tóxica no local. Embora não tenha ouvido relatos de confrontos diretos entre as IDF e a ONU, pelo menos 15 soldados de paz foram enviados pela fumaça. Os sintomas relatados foram incluídos na pele e problemas gastrointestinais. 

Leia mais: Veja o que rolou em reunião de segurança da ONU após ataque do Irã a Israel

A ONU reiterou que as suas missões de paz no Líbano têm como objetivo garantir a estabilidade na região e proteger os cidadãos, especialmente em áreas de fronteira. A invasão das IDF coloca em cheque esse trabalho, criando ainda mais insegurança para a população. 

Impacto nos Civis e Assistência Humanitária

O impacto do conflito tem sido devastador para os civis no Líbano, especialmente para as comunidades de refugiados palestinos. Milhares de famílias estão fugindo de suas casas devido aos bombardeios. A Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) está trabalhando especificamente para oferecer abrigos de emergência.

Desde o início das hostilidades, em 8 de outubro de 2023, o número de vítimas no Líbano continua a aumentar. De acordo com a ONU, mais de 2.169 pessoas morreram e 10.212 ficaram feridas. Além disso, aproximadamente 689.715 pessoas foram forçadas a deixar suas casas, sendo 52% mulheres. 

A organização também alertou para o impacto na educação das crianças libanesas. Cerca de 60% das escolas públicas no país estão sendo usadas como abrigos temporários para os refugiados. Isso resultou no adiamento do início do ano letivo para 4 de novembro, afetando mais de 300 mil crianças.

Desafios à Missão de Paz

A missão da ONU no Líbano enfrenta enormes desafios no cumprimento do seu papel de mediadora e protetora na região. O conflito, que envolve Israel e o Hezbollah, coloca o país numa situação de instabilidade crescente. 

A ONU reforçou a importância do respeito aos acordos internacionais e pediu calma às partes envolvidas. Ao mesmo tempo, continue a buscar meios diplomáticos para evitar a violência.

A comunidade internacional observa com apreensão os desdobramentos dessa crise, que já ameaça transbordar para além das fronteiras do Líbano. O apelo da organização é para que Israel e o Hezbollah evitem confrontos diretos e respeitem os espaços designados à missão de paz, em uma tentativa de proteção os civis.

Os próximos dias serão cruciais para determinar os rumores do conflito e o papel da ONU em um Líbano, cada vez mais pressionados pelo caos e pela guerra.

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