Mabel deve ter ampla maioria da Câmara Municipal sem dificuldades
Partidos que devem ir para oposição somam nove cadeiras, mas não devem garantir todos os vereadores
Por Francisco Costa
Prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) não deve ter dificuldades em formar uma ampla maioria na Câmara dos Vereadores. Dos 37 eleitos, talvez nove fiquem na oposição (com base em suas siglas), o que não é garantido e só poderá ser verificado no começo do ano que vem, com a nova legislatura.
De fato, a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), com três vereadores eleitos, deve permanecer na oposição. São eles: Edward Madureira e os já membros da Casa Kátia Maria e Fabrício Rosa.
A legenda teve a candidata à prefeitura de Goiânia, Adriana Accorsi. No segundo turno, o partido ficou neutro em relação ao apoio, mas Edward Madureira manifestou voto crítico em Mabel. Isso, claro, não garante a sigla na base do prefeito eleito.
Há, ainda, a possibilidade de PL e PSDB ficarem na oposição, mas será uma questão caso a caso. O Partido Liberal teve Fred Rodrigues na disputa ao Paço. O candidato chegou ao segundo turno e foi derrotado. Em teoria, a sigla, com quatro vereadores a partir de 2025, poderia ficar na oposição, mas não há garantia.
O mais votado do pleito esse ano, Major Vitor Hugo (PL), não era próximo a Fred e nem participou efetivamente da campanha. Já o Coronel Urzêda (PL) é ligado ao governo de Goiás – lembrando que Sandro Mabel foi o candidato do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
Willian Veloso (PL), já vereador e oposição ao atual prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), ainda não sinalizou. Fontes na Câmara dizem que ele é uma dúvida. O Hoje tentou contato com o político, mas não teve retorno. Já Oséias Varão (PL), próximo do deputado federal Gustavo Gayer (PL) – que é padrinho político de Fred -, deve ser opositor.
O PSDB, por sua vez, elegeu dois vereadores. Aava Santiago, que já faz parte da Câmara, e Tião Peixoto. A primeira, assim como o petista Edward Madureira, declarou a Mabel contra Fred. A postura da tucana, porém, pode ser de oposição. Combativa, ela esteve fora da base do prefeito Rogério Cruz.
Tião Peixoto também apoiou Mabel, mas é outra situação. Ele é pai do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), que articulou a vice de Mabel, a Coronel Cláudia (Avante). É possível que o interesse na estrutura o mantenha na base, avaliam fontes na Câmara.
Base
Os demais eleitos podem ficar na base. Até porque boa parte deles está em partidos que fazem parte da coligação de Sandro Mabel: União Brasil, MDB, Podemos, Avante, Agir, PRD, Republicanos e PP.
São eles: Lucas Kitão, Rose Cruvinel e Denício Trindade, do União Brasil; Sargento Novandir, Henrique Alves, Pedro Azulão Jr., Igor Franco, Anselmo Pereira, Luan Alves, Bruno Diniz e Lucas Vergílio, do MDB; Léia Klebia (Podemos), Thialu Guiotti (Avante), Dr. Gustavo (Agir), Romário Policarpo, Cabo Senna e Markim Goya, do PRD; Geverson Abel e Isaías Ribeiro, do Republicanos; e Heyler Leão e Sanches da Federal, pelo PP.
O PDT, de Juarez Lopes, e o PRTB, de William do Armazém Silva e Daniela da Gilka, declararam apoio a Mabel no segundo turno e devem permanecer com o prefeito eleito. Já o Solidariedade de Rogério Cruz ficou neutro, mas fontes indicam aliança com Sandro. O partido elegeu: Ronilson Reis, Léo José e Welton Lemos. É o mesmo caso do DC, de Wellington Bessa.