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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Eleições 2024

Republicanos perdeu 75% em número de prefeituras em Goiás

 Tal qual o PSD, partido foi alvo de um derretimento expressivo trazido pela abertura das urnas. A situação acendeu um sinal de alerta entre as lideranças do partido que viram a necessidade de, o quanto antes, recalcular a rota de olho em 2026

Postado em 4 de novembro de 2024 por Felipe Cardoso
Urnas
Foto: Reprodução

As eleições de 2024 trouxeram muitas surpresas aos eleitores de todo o país. Logo após o encerramento da apuração dos votos por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia 6 de outubro, dados consolidados apontavam que em 51 municípios brasileiros os votantes deveriam retornar às urnas para definir seus próximos governantes em segundo turno. E assim foi feito. Findada a disputa, no dia 27 de outubro, o Brasil passou a ter uma visão ampla do comportamento do voto em todas as cidades e estados do País. 

O que se observa é que nem todo comportamento observado a nível Brasil se replicou em território goiano. Um desses pontos passa pela situação do partido Republicanos. A sigla performou bem a nível nacional. Na verdade, obteve um dos melhores resultados, perdendo por uma diferença mínima em nível de crescimento para o PSD, do secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab.

Brasil afora, os números mostram que o PSD aumentou sua representatividade em 229 prefeituras. O Republicanos, por sua vez, terminou praticamente colado, com 226. Nesse quesito, ambos os partidos desbancaram siglas de peso, como o MDB (62), o PP (54), o PSB (55), o UB (23) e até o PL e o PT, dos ex-presidente Jair Bolsonaro e presidente Lula que somaram 166 e 68, respectivamente. 

Os indicadores são mais que suficientes para provar que o Republicanos se revelou uma verdadeira potência, passando de 214 cadeiras alcançadas em 2020, para 440 em 2024. Ou seja, o partido mais que dobrou de tamanho a nível Brasil.

Em Goiás, porém, deixou a desejar. Fato é que a sigla nunca esteve entre as protagonistas em número de prefeitos no Estado. Nas eleições de 2020, alcançou apenas oito cadeiras. Se movimentou como pôde ao longo dos últimos quatro anos na tentativa de ganhar mais musculatura a partir das eleições de 2024, o que não aconteceu. Pelo contrário, o partido se viu derreter na abertura das urnas, que anunciaram uma redução de 8 para 2 cadeiras em meio às 246 cidades goianas. 

A situação acendeu um sinal de alerta entre as lideranças do partido que viram a necessidade de, o quanto antes, recalcular a rota de olho em 2026. O fenômero é real, mas não exclusivo. Situação semelhante foi observada em relação ao próprio PSD, sim, o citado anteriormente como protagonista em número de prefeituras nas eleições de 2024. 

Leia mais: PSD e MDB conquistam maior número de capitais e vão governar mais de 25 milhões de brasileiros

Como mostrado pela reportagem do O HOJE, o partido de Kassab, comandado em Goiás pelo senador Vanderlan Cardoso, performou mal. Além de figurar distante dos líderes em número de prefeituras — leia-se: União Brasil, MDB, PP e Pl, respectivamente — ficou atrás de siglas como o recém-criado PRD, Solidariedade e Republicanos.Como se não bastasse, o PSD empatou em número de eleitos com o PT, mesmo em um cenário onde o recorte goiano sugere aversão à política de esquerda. 

O partido elegeu Marcão do Siri, em Itaguari; Padre Weber, em Rubiataba; e Meinha, em Catelândia. Em outras palavras, terminou com uma amplitude reduzida de nove para três prefeituras. 

Às vésperas da votação, um dos principais assuntos nas rodas de conversa sobre a política goianiense passava, por exemplo, pelo passado, presente e futuro do partido. A situação desde o começo do ano já era vista com certa desconfiança. O temor passava, principalmente, pela possibilidade de Goiânia terminar entre as únicas capitais do país onde o partido, além de não alcançar um número expressivo de prefeituras, poderia ficar sem representação no legislativo. E foi o que de fato aconteceu. 

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