O novo advogado do general Braga Netto descartou a possibilidade de um acordo de delação premiada. José Luis de Oliveira, criminalista que assumiu o caso do general no inquérito do golpe, afirmou que o ex-ministro da Defesa e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não fará colaboração pois “não praticou crime algum”.

Em entrevista ao Estadão, o advogado afirmou que as acusações da Polícia Federal (PF) são baseadas nas delações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que foi classificado por José como um “delator com credibilidade zero”.

Leia mais: Assessores de deputados federais do PL são alvos de operação da PF

“É uma mentira essa acusação, o general nunca entregou dinheiro para financiar qualquer tipo de plano. É no mínimo curioso, para ser gentil, que 8 meses depois, o colaborador, que já mudou de versão várias vezes, agora traga essa fantasiosa versão”, disse o criminalista.

Braga Netto foi preso no último sábado (14), como parte da Operação Contragolpe, que investiga o plano de golpe de Estado em 2022, que incluiria o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.