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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Eleições 2026

Aos moldes de 2022, Caiado deve ficar “neutro” na futura disputa ao Senado

A exceção passa pelo nome de Gracinha Caiado, primeira-dama do Estado. A esposa do governador deve participar da corrida e já é vista, nos bastidores, como ‘dona da primeira vaga’ à Casa Alta

Postado em 17 de janeiro de 2025 por Felipe Cardoso
Ronaldo Caiado Foto Divulgação
Ronaldo Caiado Foto Divulgação

Engana-se quem pensa que o assunto ‘Eleições 2026’ se restringe ao futuro. Pelo contrário. Conversas de bastidores sobre a corrida daquele são ventiladas antes mesmo do término das eleições de 2024, em outubro do ano passado. 

Inúmeras articulações foram desenhadas e compromissos firmados a partir da corrida eleitoral recente. Com a chegada de 2025 e, consequentemente, a posse dos novos mandatários, não se fala em outra coisa no meio político senão na disputa eleitoral que se ‘avizinha’. Em outras palavras: o jogo das cadeiras de 2026. 

Nesse contexto, uma importante aposta está relacionada às cobiçadas cadeiras do Senado Federal. Em  2026 serão duas vagas abertas — diferentemente da disputa de 2022, onde a briga foi por uma única vaga. Sendo assim, lideranças de diferentes partes do Estado se movimentam com afinco em busca de musculatura política para a largada eleitoral daquele ano. 

Apesar das duas vagas, o cenário não é tão otimista para os integrantes da base governista que se revelam interessados nas cadeiras. Isso porque circula nos bastidores a informação de que a esposa do governador e primeira-dama do Estado, Gracinha Caiado, vai concorrer nas eleições daquele ano. Nos bastidores, o entendimento comum é de que a ‘primeira vaga’ “já é dela”. Por ser representante direta do governador, que é acumula recordes de avaliação positiva, e encabeçar inúmeros trabalhos sociais ao longo dos últimos anos, o entendimento é que Gracinha tem tudo para ser campeã de votos em 2026.

Sendo assim, restará aos muitos concorrentes uma única vaga para disputarem. Nesse contexto, outra informação ventilada nos bastidores da política goiana é de que o governador Ronaldo Caiado tende, aos moldes de 2022, a se manter neutro. 

De volta às eleições daquele ano, pela primeira vez um governador optou por não apoiar explicitamente um candidato na corrida eleitoral pelo Senado. À época, o governador contava com três nomes próximos na corrida — Delegado Waldir, Alexandre Baldy e Vilmar Rocha. Todos queriam, claro, o apoio do governador. O gestor, no entanto, se viu numa encruzilhada já que não conseguiu convencer todos os aliados a unir forças acerca de um único nome. A saída encontrada foi manter-se neutro. E assim o fez. Nenhum deles ganhou a eleição. 

A expectativa para 2026 é que Caiado repita a dose. Dos três que disputaram em 2022, apenas Vilmar deve ficar de fora. Para além de Baldy e Waldir, ao menos mais dois prováveis nomes devem concorrer pela base caiadista: Gustavo Mendanha e  Zacharias Calil. “São muitos aliados para que o governador escolha um só”, avaliou uma figura próxima ao gestor.

Leia mais: 2026: Goiás pode ter três nomes na disputa presidencial

Para piorar a situação, tem sido ventilada a possibilidade do cantor Gusttavo Lima entrar em cena. Conforme revelado pela reportagem do O Hoje, Lima foi convidado pelo próprio governador, que trabalha para lançar seu nome à presidência, a concorrer pelo Senado goiano. Diante dessa perspectiva, a aposta é que Wadir e Calil, ambos do UB, podem ser, inclusive, pressionados a deixarem o partido em busca de apoio. 

Ao jornal O HOJE, Calil conta que a intenção inicial era disputar pela sigla original, contudo, se viu pressionado com o ‘lançamento’ de Lima. Devido ao limite de dois candidatos por partido, Calil passou a olhar para outras legendas que sustentem sua candidatura. Ele, por sinal, já iniciou as articulações para se fazer presente na corrida. 

Apesar do provável desembarque, Calil diz que ainda detém respeito ao partido e aos planos de Caiado. Quanto a Waldir, ao ser questionado pela reportagem, ele preferiu não falar sobre o assunto. Porém, a aposta de figuras próximas é de que ele pode seguir pelo mesmo caminho — caso não recue para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. 

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