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terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Ensaio partidário

Ministro confirma que o PDT conversa com o PT sobre federação

Ex-presidente do partido, mas responsável por negociações, Carlos Lupi assume que existem discussões, mas não aprofunda o tema

Postado em 21 de janeiro de 2025 por Francisco Costa
Carlos Lupi foto Joédson Alves Agência Brasil
Carlos Lupi foto Joédson Alves Agência Brasil

Ex-presidente do PDT, o ministro da Previdência Social do Brasil, Carlos Lupi, confirmou ao Jornal O HOJE que o partido conversa com o PT para formar uma federação. Anteriormente, o presidente em Goiás da legenda, deputado estadual George Morais, afirmou que a sigla mantinha conversas com o PSB e não tinha dificuldades em se federar com este colegiado.

Lupi, por sua vez, preferiu não comentar qual seria a tendência, hoje, do PDT: se o PT ou o PSB. O ex-presidente deixou o cargo justamente para atuar no governo federal. Apesar disso, ele ainda é quem negocia pela sigla, conforme apurado por veículos nacionais. Inclusive, teria conversado com a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, sobre o tema.

No momento, o maior entrave para essa união seria o ex-ministro Ciro Gomes. O político, desde 2018, adotou um tom mais crítico ao PT. E, obviamente, ele ainda mantém força dentro do PDT.

Mas além de atrair o PDT, o PT também deve tentar manter o PV, que está insatisfeito com a federação – que também inclui o PCdoB. Segundo o presidente do recém-criado diretório estadual, Cristiano Cunha, o Partido dos Trabalhadores não tem interesse na manutenção. “E nós também não estamos satisfeitos. Então, acho difícil a permanência.”

Ele ressalta, ainda, que o PT já fez duas reuniões com o PCdoB este ano, mas não chamou o PV em nenhuma delas. “Agora que passamos a convenção nacional – que criou o diretório em Goiás –, o PV deve retomar conversa com outros partidos [para formar uma nova federação], mas a junção com o PT e PCdoB dura até o meio de 2026.” Cunha confirmou, ainda, que a sigla conversa com PDT, PSB, além de Solidariedade e PRD.

Leia mais: União Brasil, PP e Republicanos não devem se fundir, mas alinham federação para 2026

O Jornal O HOJE também procurou lideranças petistas para comentar a possível saída do PV, além da negociação com o PDT. A deputada federal Adriana Accorsi (PT) confirmou que existem conversas em ambos os casos: manutenção do atual grupo e expansão. “Na verdade, é isso que estamos discutindo. Todas as federações estão passando por este debate. Foi uma experiência e não há nada definido, ainda.”

Questionada sobre a tendência, ela diz que “ainda é cedo. A experiência foi boa em alguns lugares, em outros não”, afirma sem detalhar. 

Federação

As federações existem desde 2021, quando foram aprovadas por uma reforma eleitoral do Congresso Nacional. A atuação, contudo, passou a valer em 2022. Elas devem ser formadas por dois ou mais partidos que se juntam para atuar como um só e são submetidas às mesmas regras que são aplicadas aos partidos políticos.

Atualmente, existem três federações. Todas elas foram formadas em maio de 2022. A primeira, no dia 24, foi a Brasil da Esperança (FE Brasil). Ela é composta por PT, PCdoB e PV.

As demais foram deferidas pela Justiça Eleitoral em 26 de maio de 2022. Uma delas é formada por PSDB e Cidadania e a outra por PSOL e Rede. A legislação prevê que os partidos, ao se federarem, devem permanecer juntos por, pelo menos, 4 anos.

Caso haja o desligamento de uma legenda da federação antes do prazo, ela continua a existir, desde que sobrem, pelo menos, dois partidos. Aquele que saiu terá como punições: proibição da utilização do fundo partidário até a data fim da federação e não fazer coligação pelas próximas duas eleições

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