Por que “Something in the Way” é a mais triste de todas?
Estudo revela como elementos musicais despertam emoções profundas nos ouvintes

Se você já sentiu um peso no peito ao ouvir “Something in the Way”, do Nirvana, saiba que a ciência explica essa sensação. Um estudo conduzido pela especialista em música Analiese Micallef Grimaud, em parceria com a empresa HappyOrNot, revelou que a faixa lançada em 1991 no álbum Nevermind lidera o ranking das músicas mais tristes de todos os tempos. A pesquisa analisou elementos como ritmo, dinâmica e timbre, concluindo que canções com andamento lento e sonoridade sombria, características marcantes do clássico de Kurt Cobain, são as que mais evocam melancolia.
Além do sucesso do Nirvana, outras músicas que figuram entre as mais tristes incluem “Everybody Hurts” (R.E.M.), “Tears in Heaven” (Eric Clapton), “Nutshell” (Alice in Chains) e “Black” (Pearl Jam). Essas canções compartilham características como timbres escuros e dinâmicas suaves, que criam uma conexão emocional profunda com os ouvintes. Segundo os pesquisadores, a tristeza transmitida por essas faixas pode ser paradoxalmente reconfortante, proporcionando uma espécie de alívio emocional.
Por outro lado, o estudo também identificou as músicas mais felizes de todos os tempos. No topo da lista está “Happy”, de Pharrell Williams, lançada em 2013. Com ritmo acelerado e tom elevado, a canção transmite alegria instantânea e se tornou um verdadeiro hino da felicidade. Outras faixas que se destacaram no ranking incluem “Hey Ya” (Outkast), “Girls Just Wanna Have Fun” (Cyndi Lauper), “Don’t Stop Me Now” (Queen) e “Feeling Good” (Nina Simone), todas marcadas por elementos musicais vibrantes e intensos.