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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Política Pública

CEI da Saúde quer investigar gestão passada

“Estou confiante, mas precisamos de mobilização para que os demais assinem”, diz vereador 

Raunner Vinicius Soarespor Raunner Vinicius Soares em 4 de fevereiro de 2025
Vítor Hugo recebe título de cidadão goianiense nesta quinta
Solenidade ocorre na Câmara de Goiânia às 10h (Foto: Reprodução)

Com o objetivo de esclarecer a situação da saúde em Goiânia, vereadores querem criar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a destinação dos recursos públicos da gestão anterior. De acordo com o vereador, Major Vitor Hugo, responsável por colher as assinaturas, a CEI é clara em seu objetivo: “investigar os erros da gestão passada e garantir que os responsáveis sejam responsabilizados”. Até esta segunda-feira (3) ainda faltavam 5 assinaturas, mas 8 já tinham sido colhidas.  

O Major Vitor Hugo, que propôs a CEI da Saúde, afirma que não há espaço para interferências ou interesses externos. “O Legislativo Municipal tem o dever de fiscalizar o Executivo, e essa investigação é uma prova de que o compromisso com a transparência e a justiça deve estar acima de qualquer outra agenda”, salienta.  

O vereador de Goiânia ainda aponta que o requerimento de abertura da CEI seria protocolado nesta terça-feira (4) de fevereiro, no entanto ainda faltam as assinaturas necessárias. “Até lá, sigo cobrando e buscando apoio. Agora, é fundamental que os vereadores assumam seu papel e assinem o requerimento. Para fazer a diferença: cobre o seu vereador e peça para que ele assine”, pondera.   

A criação da comissão de inquérito vem de encontro com o parecer do Tribunal de Contas do Município do Estado de Goiás (TCM-GO) que reconheceu a situação de calamidade pública na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS). O tribunal analisou minuciosamente as contas da secretaria e pôde notar que o serviço prestado à população poderia sofrer severos impactos.    

Leia mais: Major Vitor Hugo ainda aguarda resposta do PL goiano

“Tal medida é justificada pela gravidade da crise enfrentada, pela necessidade de assegurar a continuidade dos serviços essenciais e pelo impacto direto à saúde e ao bem-estar da população. Recomenda-se, ainda, que o reconhecimento seja condicionado à implementação de medidas de controle e transparência, garantindo a eficiência na aplicação dos recursos captados e a mitigação de riscos administrativos”, diz parecer do TCM-GO.  

Na prática, a declaração de calamidade pública na saúde delega ao Estado de Goiás a responsabilidade de auxiliar a revitalização das contas da secretaria. “A situação delicada que levou à intervenção estadual, aliada à persistência de deficiências estruturais e financeiras, reforça a necessidade de flexibilizar os mecanismos de gestão orçamentária, viabilizando a implementação de ações emergenciais destinadas à recuperação do sistema de saúde municipal”, afirma o TCM-GO.   

Tal circunstância engajou um movimento dentro da Câmara Municipal de Goiânia, liderado pelo Major Vitor Hugo, para tentar entender como a saúde municipal chegou ao ponto crítico, como reconheceu o tribunal.   

“A CEI é para que os vereadores consigam pensar, se debruçar, investigar e apresentar soluções. Apresentar projetos de lei, responsabilizar pessoas através das denúncias para os outros órgãos, quebrar sigilos bancário, fiscal, para poder chegar e descobrir quem é que lucrou com esse problema. Com a perda de vidas humanas em Goiânia, com o caos que estamos vivendo. Quem se beneficiou com isso?”, pergunta o Major Vitor Hugo de forma retórica.  

O vereador explica que o responsável tem que ser julgado, dentro da lei, dentro do devido processo legal, com o contraditório e ampla defesa. “Não podemos ficar inertes, vendo os outros órgãos, os outros Poderes, as outras esferas, as outras instituições atuando e o legislativo municipal, que é o principal fiscalizador do executivo municipal ficar calado e inerte. Não podemos aceitar isso”, reitera o vereador. 

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