Acompanhado de sua comitiva, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) segue cumprindo agenda em Salvador. Na Bahia para o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República e com uma intensa programação, Caiado visitou à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio-BA) e à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), se reunindo com lideranças, diretores e sindicalistas. Por lá, também tratou sobre sua escolha de lançar a pré-candidatura na Bahia e as diferenças internas do partido sobre seu projeto político.

Na saída da Fecomércio, o governador conversou com a imprensa. Em declaração exclusiva para a reportagem do jornal O HOJE, Caiado explicou as motivações que o levaram a escolher Salvador como o ponto de partida de sua caminhada visando o Palácio do Planalto.

“É uma somatória de fatos. O melhor que eu recebo aqui é um título de cidadão, que foi dado a mim pelo Bruno Reis, que hoje é o prefeito da cidade. Em segundo lugar, eu recebo também a honraria do 8 de julho, a maior que tem no Estado. Em terceiro lugar, minha mulher é baiana, de Feira de Santana, nós tivemos propriedade rural aqui na Bahia por mais de 30 anos. Minha ligação com a Bahia é muito grande”, explicou o governador. 

O governador relembrou ainda que, do ponto de vista político, sua ficha foi abonada por Antônio Carlos Magalhães, ex-governador da Bahia, e disse com orgulho que permanece no mesmo partido desde 1994 – o PFL se tornou Democratas em 2007, que se fundiu ao PSL em 2021 para formar o União Brasil. 

Na sequência, o chefe do Executivo goiano completou: “Todo o lançamento de candidatura majoritária em Goiás é na cidade de Goiás, a cidade mãe. Salvador é a cidade mãe do país, [Bahia] é o estado mãe de todo o território nacional. Então, tem várias situações que são muito emblemáticas, muito importantes para que eu tenha resolvido lançar aqui na Bahia”. 

Questionado sobre as conversas de quem ocupará a vice na chapa, Caiado garantiu que a escolha só irá acontecer na convenção do União Brasil em 2026. 

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Descompasso no partido 

Na conversa com os jornalistas, o governador garantiu que respeitará a decisão de correligionários que optem por apoiar outras candidaturas. Questionado durante entrevista à imprensa sobre as sinalizações do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA), uma das lideranças do partido, de apoio a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Caiado disse desconhecer o apoio do deputado e garantiu que irá respeitar a “opção de cada colega”. 

“Eu não recebi essa informação dele [Elmar Nascimento] não, você está passando para mim em primeira mão. Eu não sabia que ele iria marchar com o PT”, respondeu o governador para uma jornalista. “Posso dizer a vocês com muita tranquilidade que respeito a opção de cada colega, eu vivi naquela Casa [Congresso Nacional] durante 24 anos. Agora, você é fruto do seu habitat, é fruto do seu eleitor”.  

Na sequência, o chefe do Executivo goiano afirmou ser difícil fazer uma transição política e “buscar o eleitor de volta”. “A política nos ensina que a popularidade oscila, mas a coerência preserva o político. […] O eleitorado do União Brasil é conservador de direita, então você tem que saber onde é que você está”. 

Acompanhando Caiado, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), defendeu uma união da direita em torno do projeto político do governador. Para a reportagem do jornal O HOJE, o prefeito afirmou que a maioria do partido irá “trabalhar muito para unir toda a oposição em torno de um nome, e não tenha dúvidas que é o de Caiado, o nome do União Brasil”. 

Bruno ainda declarou que os “cases de sucesso” da gestão Caiado, sobretudo na segurança pública, o credenciam a ser pré-candidato ao Palácio do Planalto. (Especial para O Hoje)