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sexta-feira, 25 de abril de 2025
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sucessão petista

Eleições do PT podem definir sucessor de Lula, avalia especialista

Corrida deve contar com Edinho Silva e Rui Falcão na oposição da ala lulista

João Reynolpor João Reynol em 14 de abril de 2025
7 Foto Paulo Pinto ABr
Disputa pode sinalizar lançamento de Lula para as eleições gerais | Foto: Paulo Pinto/ABr

Os filiados do Partido dos Trabalhadores (PT) votam no próximo dia 6 de julho a direção do partido nos âmbitos nacionais, estaduais e municipais no chamado Processo de Eleição Direta (PED) 2025 em meio a um racha histórico que pode definir o futuro e a ideologia do partido. A disputa da presidência nacional, que é dirigida pela ministra das relações institucionais, Gleisi Hoffmann, se concentrou em dois nomes já conhecidos pela legenda, sendo eles Edinho Silva, aliado do presidente Luiz Inácio Lula (PT) e ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência. Enquanto a oposição é liderada por Rui Falcão, ex-deputado federal que já presidiu a sigla por três turnos no passado. 

A disputa deve refletir a luta interna que ocorre dentro do PT, enquanto Silva advoga pelo fim do fascismo e outras pautas militantes como as pautas identitárias, Falcão clama por um retorno às raízes do partido com foco nas pautas que dizem respeito aos trabalhadores comuns. Com isso, é esperado que mais de 1,6 milhão de eleitores filiados à legenda poderão votar para os respectivos candidatos.

Desdobramentos em Goiás

Em Goiás, a disputa também ganha um desdobramento com o apoio de parlamentares petistas nos três âmbitos declarando apoio sobre os candidatos favoritos para alavancar os votos da sigla. Neste último sábado (12), a deputada federal, Adriana Accorsi, que é candidata à presidência do partido a nível estadual, recebeu Silva em um anúncio de apoio ao candidato. O evento contou com membros da presidência e legisladores da ala lulista do PT que também apoiaram a “chapa” de Silva e Accorsi, contudo, com a ausência da atual presidenta da sigla no estado, a vereadora de Goiânia Kátia Maria. “Tendo disputa ou não, tudo faz parte. O que importa é que a gente discute aqui para seguir unido, e enfrentar qualquer desafio. Vai firme, Edinho, que nós estamos com você”, afirma.

Uma disputa da sucessão Lula

Como afirmou Silva no evento de anúncio do PT em Goiás, a disputa é, sobretudo, a construção do partido em um período pós-Lula, mas que pode refletir na candidatura do presidente em 2026. Por enquanto, Edinho é cotado como o nome mais forte para ganhar as eleições, com a vitória, a ala lulista segue firme na direção do partido como o fez durante os últimos anos. Contudo, a derrota da ala pode significar uma mudança de curso do partido.

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Como conta o cientista político Guilherme Carvalho para O HOJE, Falcão já foi da base do presidente na sigla que apoiava o lançamento de Silva para a direção, porém, migrou para a oposição e veio com um discurso contra as políticas da atual composição. “O PT não pode ser um partido só de parlamentares, tendências e chefes do Executivo”, afirmou em anúncio da candidatura. 

Além disso, Carvalho avalia que o que pode estar na disputa é o principal candidato da sigla para as eleições gerais de 2026, que pode, ou não, relançar a gestão Lula 4. “O que está posto em disputa é a sucessão do maior partido da América Latina em relação a quem vai suceder o presidente da República. Se não, agora é em 2026, é em 2030. Outra coisa que está em disputa também é se o Lula deve se recandidatar [neste próximo ano].”

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