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consolidação eleitoral

Lula muda estratégia e passa a se movimentar como candidato à reeleição

Presidente consolida o próprio nome enquanto a direita se encontra rachada para um candidato

João Reynolpor João Reynol em 22 de abril de 2025
5 foto Marcelo Camargo ABR
Lula deve alavancar viagens para aglutinar apoio de lideranças regionais. | Foto: Marcelo Camargo/ABR

O presidente da república, Luiz Inácio Lula (PT), já se comporta como um pré-candidato para as eleições gerais de 2026, como contam os bastidores da política de Brasília à medida que o próprio nome de Lula se esvazia diante do quadro nacional com a baixa popularidade e ataques a sua gestão pela direita. Anteriormente, Lula se posicionou como um candidato ainda “incerto” para 2026 e até com uma possível sucessão em jogo, como mostrada pelo O HOJE nas disputas perante as eleições internas do Partido dos Trabalhadores (PT). O motivo da mudança de narrativa parece ter vindo a partir de uma preocupação com o retorno da extrema-direita em 2026. 

Em seu alto escalão, três nomes poderiam ser cotados para ser o próximo candidato escolhido por Lula, como afirma a apuração do Jornal O Globo: Rui Costa (Ministério da Casa Civil), Fernando Haddad (Ministério da Fazenda) e Camilo Santana (Ministério da Educação). Com isso, o mandatário teria concentrado as eleições do PT em si e repassado a orientação para o seu grupo interno. Além disso, analistas veem que a confirmação de Lula para a reeleição também envia uma mensagem para os partidos que se aliam ao governo mas que tendem a se voltar para siglas bolsonaristas, como o PP, União Brasil, MDB e o Republicanos.

Previsões eleitorais

Deste modo, Lula se comporta assim como o rival e ex-presidente da república e acusado tentar o golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL). Em entrevistas, Bolsonaro tenta concentrar o próprio nome nas pré-candidaturas da direita em 2026 em afirmar ser o único candidato da direita, contudo, o mesmo se encontra inelegível e possui o risco de uma eventual prisão no processo criminal que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Com a consolidação dos nomes, a esquerda deve aglutinar lideranças tanto do Congresso como partidários para apoiar o Lula 4. Do outro lado, a direita está rechaçada com diversos governadores pleiteando as próximas eleições, como Tarcísio de Freitas (Republicanos/SP), Ronaldo Caiado (União Brasil/GO) e Ratinho Junior (PSD/PR). De acordo com as pesquisas de intenção de voto, nenhum dos governadores ainda conseguem alavancar votos para derrotar Lula nas urnas se as votações fossem em 2025. Por outro lado, Bolsonaro é o único membro da direita com capacidade de aproximar os votos, segundo as pesquisas. 

Contudo, foi afirmado que Lula deve seguir afinco os projetos do governo que tramitam no Congresso, como a PEC da Segurança Pública e a isenção do Imposto de Renda para contribuintes que ganham menos que R$ 5 mil reais ao mês. A razão disso aparenta ser uma aposta da presidência para alavancar a popularidade com a aprovação dos projetos nas duas Casas. 

Costuras para as eleições

Assim como Bolsonaro antes de ser internado por complicações no intestino, os bastidores do Congresso afirmam que Lula deve iniciar uma rota na Região Norte do país para costurar alianças com a meta para 2026. 

De início, a viagem presidencial para o Amazonas pode dar resultados de uma costura de uma possível chapa com o PSD para o Senado à medida que o Senador Omar Aziz deve pleitear o governo local.

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