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segunda-feira, 7 de julho de 2025
COMPORTAMENTO

Geração Z pressiona por mudanças no ambiente corporativo

Nativos digitais priorizam saúde mental, flexibilidade e propósito, e provocam choques com gerações mais antigas nas empresas

Luana Avelarpor Luana Avelar em 13 de junho de 2025
Foto: Freepik
Foto: Freepik

A entrada massiva da Geração Z no mercado de trabalho tem alterado a lógica de funcionamento de empresas brasileiras. Nascidos entre 1997 e 2010, esses jovens compartilham do mesmo ambiente profissional com quatro outras gerações, mas se diferenciam pelo modo como encaram o trabalho e pelas exigências que impõem às organizações. A postura tem causado conflitos, mas também impulsionado mudanças na cultura corporativa.

Dados do IBGE mostram que o Brasil tem 47 milhões de pessoas da Geração Z, e quase metade delas já é economicamente ativa. Muitos desses jovens chegaram ao mercado nos últimos anos e passaram a contestar práticas antes vistas como padrão, como horários rígidos, estruturas hierárquicas e foco exclusivo em metas. Valorizam ambientes inclusivos, políticas de bem-estar e oportunidades que estejam alinhadas aos seus valores pessoais.

Esse comportamento contrasta com o perfil de gerações anteriores, que associam trabalho a estabilidade e realização pessoal. A diferença de visão tem gerado dificuldades na convivência entre colegas de diferentes idades. Segundo pesquisa com profissionais de recursos humanos realizada em 2025, mais da metade dos entrevistados relata dificuldades em gerir equipes multigeracionais, e a Geração Z foi apontada como a mais desafiadora por 76% deles.

Entre os pontos que mais geram atrito estão a impaciência por crescimento rápido, a recusa em aceitar normas consideradas ultrapassadas e a maior sensibilidade a fatores externos ao trabalho, como deslocamento, moradia e equilíbrio emocional. Enquanto parte dos mais jovens é percebida como pouco resiliente, muitos trabalhadores mais experientes são criticados por manterem uma postura inflexível diante das transformações sociais e culturais em curso.

Apesar das tensões, o avanço da Geração Z também tem levado empresas a repensar suas estratégias de gestão. A adoção de modelos mais flexíveis, a ampliação do debate sobre saúde mental e a abertura de canais de escuta interna passaram a fazer parte da pauta de muitos setores. O movimento revela uma tendência de reestruturação do ambiente profissional, em que o desafio será conciliar experiências do passado com as expectativas do presente e do futuro.

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