Após confirmação de gripe aviária em Goiás, governo adota medidas para conter doença
Agrodefesa e Amma alertam para riscos de contato com aves e intensificam ações para evitar que o vírus se espalhe pelo Estado

O primeiro caso de gripe aviária em Goiás foi confirmado e acendeu o alerta entre autoridades de saúde e meio ambiente. A doença foi detectada em galinhas criadas em um quintal, na cidade de Santo Antônio da Barra, no Sudoeste do Estado. Por causa disso, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) reforça as medidas de controle para evitar que o vírus se espalhe para outras regiões.
O caso começou a ser investigado no dia 9 de junho, quando o órgão recebeu uma notificação sobre a morte de cerca de 100 galinhas em uma propriedade rural. Os animais apresentavam sinais como asas caídas, secreção no nariz, dificuldade para respirar e inchaço no rosto. Em menos de 12 horas, a propriedade foi interditada e as amostras foram enviadas para o laboratório do Ministério da Agricultura, que confirmou a presença do vírus.
Plano emergencial
Para garantir o controle, duas áreas foram delimitadas: uma de 3 quilômetros, ao redor do foco, chamada de zona de proteção, e outra de 7 quilômetros, chamada de zona de vigilância. Nessas áreas, o trabalho de inspeção e orientação aos criadores segue de forma intensa.
Segundo a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), de Goiânia, é muito importante que a população não tente pegar ou manipular aves doentes ou mortas. O correto é acionar a equipe de resgate de fauna do órgão e aguardar a chegada dos profissionais.
Em casos de suspeita, as pessoas devem enviar fotos ou vídeos dos animais para a Amma ou para o Serviço Veterinário Estadual (SVE). As imagens ajudam na identificação dos sintomas e na tomada de decisões.
A gripe aviária é uma doença grave que pode afetar tanto as aves quanto os seres humanos, principalmente se houver contato direto com animais doentes. Por isso, o cuidado deve ser redobrado.
Como resposta rápida, a Agrodefesa criou o Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo), responsável por coordenar todas as ações de controle na região. Equipes foram enviadas para cerca de 180 propriedades próximas ao local onde o foco foi registrado. Essas equipes estão inspecionando granjas e quintais, orientando os criadores e fazendo coletas de amostras para exames.
Outra medida importante foi a instalação de barreiras sanitárias, que controlam a entrada e saída de aves, ovos e materiais relacionados à criação de galinhas. Feiras e exposições de aves vivas na região também foram suspensas temporariamente.
Sintomas que merecem atenção
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta, afirmou que, mesmo sendo um caso em aves de quintal e sem impacto direto na venda comercial, a resposta das autoridades está sendo rápida e cuidadosa. “Nosso compromisso é evitar que o vírus se espalhe e preservar a saúde do plantel de aves de Goiás”, declarou
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, reforçou que a população pode continuar consumindo carne de frango e ovos normalmente, sem risco de pegar gripe aviária. “O problema não é o consumo, mas o contato direto com aves contaminadas”, explicou.
Quem tiver galinhas em casa ou souber de casos de aves doentes deve ficar atento a sintomas como: tremores, dificuldade para respirar, secreção nos olhos ou nariz, asas caídas, penas arrepiadas, andar estranho ou em círculos.
A população pode acionar as autoridades competentes através dos contatos: Equipe de Fauna da Amma pelo aplicativo Gyn 24h ou pelo WhatsApp (62) 3524-1422. Já o Serviço Veterinário Estadual (SVE): (62) 3201-3574 ou (62) 3201-3577.
Além disso, ações educativas foram iniciadas para orientar a população sobre como agir corretamente nesses casos. “Não precisa ter pânico, mas precisamos da colaboração de todos para garantir a segurança do nosso Estado”, destacou José Ricardo.
Leia mais: Homem é baleado na cabeça ao perseguir criminosos após assalto em Goiás