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segunda-feira, 14 de julho de 2025
Tensão

Irã exige garantias contra novos ataques dos EUA para retomar negociações

Vice-ministro do Irã afirma que negociações só poderão ocorrer se Washington esclarecer sua posição sobre novas ofensivas

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 30 de junho de 2025
Irã exige garantias contra novos ataques dos EUA para retomar negociações
Foto: Akbar Nemati/ Unsplash

O vice-ministro das Relações Exteriores, Majid Takht-Ravanchi, em entrevista à BBC News, declarou que o Irã exige que os Estados Unidos descartem qualquer novo ataque ao país como condição para retomar as negociações diplomáticas. Majid disse que o governo Trump, por meio de mediadores, expressou interesse em retomar o diálogo, mas “não deixou clara sua posição” sobre a possibilidade de ofensivas durante as conversas, o que classificou como “questão importantíssima”.

A operação militar israelense iniciada na madrugada de 13 de junho inviabilizou uma sexta rodada de negociações, marcada para ocorrer dois dias depois em Mascate, no Omã. Poucos dias depois, no fim de semana (20/6), os Estados Unidos se envolveram diretamente no conflito ao bombardear três instalações nucleares iranianas.

Takht-Ravanchi afirmou que o Irã continuará a defender o direito de enriquecer urânio para fins pacíficos e negou que o país esteja desenvolvendo uma bomba nuclear. “O nível disso pode ser discutido, a capacidade pode ser discutida, mas dizer que não se deve ter enriquecimento, que se deve ter enriquecimento zero, e se não concordar, nós o bombardearemos — essa é a lei da selva”, disse.

Trump afirmou que considera “absolutamente” bombardear o Irã novamente caso surgissem indícios de que o país esteja enriquecendo urânio em níveis preocupantes. Takht-Ravanchi disse que não há data definida para retomada das negociações e que não sabe o que estaria na pauta. “Neste momento, estamos buscando uma resposta para esta pergunta: veremos a repetição de um ato de agressão enquanto estivermos dialogando?”, afirmou. Ele cobrou que os EUA deixem claro “o que eles vão nos oferecer para gerar a confiança necessária para tal diálogo”.

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