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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Eleições

Partidos emergentes ganham força na disputa pela Alego em 2026

Com as mudanças nas regras eleitorais, legendas menores se tornam alternativas para políticos que buscam viabilizar suas candidaturas

Thiago Borgespor Thiago Borges em 27 de outubro de 2025
Partidos emergentes ganham força na disputa pela Alego em 2026
Foto: Will Rosa/Alego

A corrida por uma das 41 cadeiras que estarão disponíveis na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em 2026 já começou. Os parlamentares buscam a reeleição, enquanto vereadores e líderes políticos sem mandato tentam conquistar uma vaga no Legislativo estadual. Com isso, os partidos emergentes surgem como uma opção viável para os postulantes.

O Avante, presidido em Goiás pelo vereador Thialu Guiotti, busca eleger de quatro a cinco deputados estaduais. A legenda deve ser o destino do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), e do ex-deputado estadual Francisco Oliveira. A legenda chegou a ser a favorita para receber o presidente da Alego, Bruno Peixoto (União Brasil), que irá disputar a Câmara dos Deputados, porém, o parlamentar está a caminho da federação PRD-Solidariedade.

O Avante também conta com o deputado estadual Gugu Nader. Esse, porém, está de saída do partido. Gugu é um dos articuladores, junto ao ex-prefeito de Trindade, Ricardo Fortunato, do partido Democrata 35 [ex-Partido da Mulher Brasileira (PMB), mudança que ainda depende de aval da Justiça Eleitoral). O objetivo da sigla, segundo Gugu, é eleger quatro deputados em 2026.

Entre os nomes possíveis para disputar as eleições pela legenda estão o deputado estadual Veter Martins (União Brasil); o ex-prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano; a primeira-dama de Novo Gama, Joscilene Mangão; o deputado estadual Karlos Cabral (PSB); a deputada estadual Rosângela Rezende (Agir); a deputada estadual Dra. Zeli (União Brasil); o deputado estadual Cristiano Galindo (Solidariedade); e o deputado estadual Cristóvão Tormin (PRD), além de, claro, Gugu e Fortunato. 

O advogado eleitoralista Dyogo Crosara explica que o movimento em busca das siglas menores é natural. “Há esse movimento por conta da história do quociente eleitoral. E para que existe o quociente eleitoral? Para garantir que partidos menores tenham essa representatividade e não fique tudo só na representatividade dos partidos grandes. Esse entendimento ajuda a explicar um pouco”, afirma Crosara. 

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Chapas dos partidos na Alego

Em conversa com a reportagem do O HOJE, Gugu diz garantir que é preciso que os parlamentares se atentem ao “canibalismo eleitoral”. O termo é utilizado pelo parlamentar para tratar dos partidos grandes com muitos candidatos competitivos. Segundo Gugu, o fenômeno “acontece onde, por exemplo, tem cinco medalhões”. “Três sobrevivem e dois morrem”, explica. O deputado cita que tem alertado os colegas na Alego sobre a situação eleitoral atual e a montagem das chapas. “Quem é candidato a majoritário não está preocupado com eleição proporcional. Estão preocupados com a candidatura deles, seja o Marconi, o Wilder ou o Daniel, seja quem for”, afirma o parlamentar.

Nessa conjuntura política, estão em montagem os “chapões” da base governista; as “chapas”, que seriam intermediárias, como a do Avante de Thialu e do PRD-Solidariedade de Bruno; e as “chapinhas”, como a do Democrata 35. O entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito das “sobras eleitorais”, que agora são distribuídas entre todas as legendas e não mais apenas entre os partidos e candidatos na regra dos 80/20 — partidos com votos que equivalem a pelo menos 80% do quociente eleitoral e candidatos com votação que corresponde a 20% do quociente —, beneficiou os partidos menores.

Crosara, porém, alerta que as movimentações políticas nessa conjuntura tornam-se praticamente uma “desvirtuação do processo”. “Tem muita gente que é de partido grande, pensa como partido grande e vai para ser eleito em partido menor”, frisou. (Especial para O HOJE)

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