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quinta-feira, 25 de dezembro de 2025
Goiânia

Força da base de Mabel é posta à prova na tramitação da LDO e da LOA

Mesmo com maioria consolidada, prefeito encara na Comissão Mista ambiente marcado por independentes imprevisíveis e vereadores de oposição, fator que pode determinar o desfecho da peça orçamentária de 2026

Thiago Borgespor Thiago Borges em 18 de novembro de 2025
Força da base de Mabel é posta à prova na tramitação da LDO e da LOA
Foto: Mariana Capeletti/Câmara Municipal

Após idas e vindas na relação entre o Paço Municipal e os vereadores da Câmara Municipal de Goiânia, o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) tem um cenário positivo quanto ao tamanho de sua base no parlamento municipal, sobretudo nas principais comissões da Casa. 

Atualmente, os projetos que irão conduzir o orçamento da capital goiana em 2026, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), são a prioridade da Prefeitura de Goiânia. Ambos os projetos, além da aprovação em dois turnos no plenário da Casa de Leis, serão analisados na Comissão Mista (CM). 

Formado por 23 vereadores, o colegiado é a maior comissão da Casa. Na Mista, a base governista conta com 13 parlamentares: Anselmo Pereira (MDB), Bruno Diniz (MDB), Henrique Alves (MDB), Heyler Leão (PP), Isaías Ribeiro (Republicanos), Juarez Lopes (PDT), Pedro Azulão Jr. (MDB), Ronilson Reis (Solidariedade), Sargento Novandir (MDB), Tião Peixoto (PSDB), Dr. Gustavo (Agir), Léo José (Solidariedade) e o líder de governo no Legislativo, Wellington Bessa (DC). 

Há também, entre os parlamentares do colegiado, o grupo de vereadores que se consideram independentes: Luan Alves (MDB), Lucas Vergílio (MDB), Sanches da Federal (PP), Oséias Varão (PL), Igor Franco (MDB) e Coronel Urzêda (PL). Entretanto, entre os independentes, há diferenças.

Oséias, por exemplo, explicou à reportagem do O HOJE que é um “vereador independente, que tem alinhamento com a forma com a qual o prefeito está administrando a cidade”. “Não posso afirmar que sou da base pois há ressalvas em relação ao nosso posicionamento enquanto parlamentares do PL”, explicou o vereador. Varão disse que a bancada do partido é contra “aumento de tributos” e pautas alinhadas à esquerda. “Por isso, prefiro dizer que somos independentes, embora tenhamos um alinhamento muito grande”, destacou. 

Alves destacou que “não tem nada contra o prefeito” e que votará a favor das matérias que julgar importantes. O posicionamento é o mesmo de Sanches. “Vou ajudar em todos projetos que eu avaliar positivos para Goiânia e ser contra os que eu julgar maléficos, assim como fiz desde o início”, declarou o vereador pepista. 

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Aqui a coisa muda

Entretanto, a relação é diferente com Vergílio e Franco. Vergílio Já teve embates públicos com o prefeito. Relator da LDO, as emendas que o emedebista apresentou ao projeto desagradaram demasiadamente o Paço. Além disso, é de autoria do parlamentar o projeto que revoga a Taxa de Limpeza Pública (TLP), apelidada de “Taxa do Lixo”. 

Já com Franco, a relação com o Paço desandou após a saída do vereador do cargo de líder do prefeito. Antes homem de confiança de Mabel, Franco perdeu crédito com o Paço após a abertura da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Limpa Gyn. A inquietação de Mabel era, sobretudo, pela aderência de vereadores considerados aliados à CEI. A reconstrução da base era uma das tarefas de Bessa quando assumiu o cargo de líder do governo Mabel na Câmara Municipal.

Oposição a Mabel

Entre aqueles que não escondem que são oposição a Mabel estão Aava Santiago (PSDB), Kátia Maria (PT) e Edward Madureira (PT). Vale ressaltar que, para esses vereadores, as discordâncias com o prefeito vão além da pontualidade, já que Aava, Kátia e Edward são ideologicamente opostos às políticas de Mabel. 

Em tese, a composição da Mista coloca o chefe do Executivo municipal em situação favorável. Porém, é válido ressaltar que o presidente da Comissão, vereador Cabo Senna (PRD), assim como o relator da LDO, tiveram embates públicos com o prefeito e também adotaram uma postura crítica a Mabel durante reuniões do colegiado. A posição de Senna e dos demais vereadores independentes coloca uma interrogação na hegemonia da base em uma das principais comissões do Parlamento municipal.

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