Nova direção do BRB na mira da CLDF e BC
Conselho aprova Nelson Souza e CLDF acelera sabatina marcada para para terça (25/11), após afastamentos ligados a investigação de fraudes
O Conselho de Administração do Banco de Brasília (BRB) aprovou, na quinta-feira (20), o nome do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza, para comandar a instituição, após a destituição de Paulo Henrique Costa e do diretor financeiro Dario Oswaldo Garcia. Ambos foram afastados em meio à Operação Compliance Zero, que apura fraudes em carteiras de crédito. A escolha ainda dependerá do aval do Banco Central (BC) e da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
A CLDF marcou para terça-feira (25/11) a sabatina de Nelson Souza, que deverá passar pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças e posteriormente, pelo crivo do plenário. A indicação partiu do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), após determinação da Justiça Federal que afastou Paulo Henrique Costa do comando do BRB.
Executivo com longa trajetória no setor financeiro, Nelson Souza é formado em Consultoria Empresarial pela Universidade de Brasília (UnB), possui MBA em Administração e Marketing, além de licenciaturas em Letras e Psicologia. Atualmente, ocupa a vice-presidência da Elo. Na carreira pública, presidiu a Caixa entre 2018 e 2019, dirigiu o Banco do Nordeste (BNB) em 2014 e chefiou áreas estratégicas de crédito, habitação e governança.
Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), Paulo Henrique Costa e Dario Oswaldo Garcia deixaram oficialmente suas funções nesta quinta-feira (20), após deliberação do conselho. A Operação Compliance Zero investiga supostas irregularidades na negociação de carteiras de crédito entre o Banco Master e o BRB.
A proposta original do governador era nomear Celso Eloi para liderar a entidade financeira. Entretanto, após reavaliar o arranjo político e administrativo, ele optou por remanejar Eloi para a diretoria do banco. Com a alteração, o comando máximo será entregue a Nelson Souza, escolha que reorganiza o equilíbrio interno e redefine o peso das indicações vindas da Caixa no alto escalão.