O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, afirmou que a sigla avalia a possibilidade de lançar candidatura própria ao Palácio do Planalto nas eleições de 2026. A declaração ocorreu após sua posse no comando do partido e sinalizou uma mudança na estratégia adotada nos últimos pleitos. A princípio, o dirigente indicou que o tucanato pretende recuperar espaço no debate político nacional. Sendo assim, reforçou que o partido não pretende apoiar candidatos alinhados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem nomes vinculados diretamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Aécio, a legenda considera necessário manter postura autônoma caso o cenário eleitoral se polarize entre os dois campos políticos já consolidados. Ou seja, caso não surja uma alternativa de perfil centrista que represente uma convergência programática, o PSDB poderá apresentar um nome próprio para disputar a Presidência da República.

Estratégia eleitoral e reposicionamento do partido com Aécio

Durante entrevista, o dirigente ressaltou que o partido busca reposicionamento após a decisão de não lançar candidatura própria em 2022. Naquele ano, a sigla optou por apoiar Simone Tebet no primeiro turno, ao mesmo tempo em que priorizou disputas regionais específicas. Dessa forma, Aécio classificou aquele movimento como um erro estratégico, uma vez que teria reduzido a presença do PSDB no debate nacional.

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Ainda conforme o presidente da legenda, o partido pretende corrigir esse caminho ao estabelecer critérios mais claros para eventuais alianças. Ele destacou que qualquer diálogo com possíveis candidatos à Presidência deverá considerar compromissos com uma agenda de centro e com temas como segurança pública, reforma tributária e educação.

Foco na bancada no Congresso

Apesar de admitir a possibilidade de candidatura própria, Aécio afirmou que o foco principal do PSDB em 2026 será fortalecer sua representação no Congresso Nacional. A meta estabelecida é eleger aproximadamente 30 deputados federais. Segundo ele, esse objetivo representa uma prioridade para ampliar a capacidade de atuação política da sigla.

Nesse contexto, o dirigente explicou que o PSDB pretende ampliar sua presença legislativa antes de consolidar uma posição definitiva na disputa presidencial. Por fim, reiterou que o partido não descarta composições futuras, desde que alinhadas com uma pauta considerada de centro e sem vínculo direto com os polos atualmente dominantes.