Eleição de 2020 determinaria debate local da previdência
Rubens Salomão
Deputados estaduais em Goiás rejeitam fortemente a defesa
realizada por parlamentares em Brasília de que é necessário “dividir o
desgaste” e repassar para estados e municípios a adequação à reforma da
previdência, que terá relatório apresentado hoje em Comissão Especial da Câmara
Federal. Vários deputados ouvidos pela Coluna apontam que os colegas de
Brasília não podem “fugir da responsabilidade” e devem “assumir seus
compromissos” relacionados ao cargo. Além de argumentarem pela unidade na
legislação brasileira, os goianos confirmam que a proximidade com as eleições
municipais prejudicaria a análise na Alego sobre mudanças na aposentadoria.
“Claro que estamos mais sujeitos à essa pressão. Todos têm seus interesses, mas
teríamos a responsabilidade de encarar o tema
e tomar uma decisão”, afirma o presidente, Lissauer Vieira.
Alternativas
A aplicação da reforma da previdência para servidores
estaduais e municipais pode ter dois caminhos: decreto dos governadores e
prefeitos ou enviou de projeto de lei complementar ao legislativo.
Deixa comigo
Ronaldo Caiado (DEM) tem defendido que governadores e
prefeitos tomem a decisão, por decreto. Ele percebe que deputados e vereadores
teriam “dificuldade de explicar alguns pontos para suas bases”.
Estão fora!
O relator Samuel Moreira (PSDB-SP) excluirá do texto os estados
e municípios. A articulação passa a enfrentar o Centrão, para ter 308 votos em
plenário e corrigir a medida.
Gestão
Reeleito para mais três anos como presidente do Conselho
Deliberativo do Goiás, Hailé Pinheiro rejeitou comparações com Iris Rezende e
garante que este será seu último mandato no clube.
Fim de papo
Não foi coincidência a mudança de ciclo político no estado e
a retirada do conselheiro do TCE, o marconista Edson Ferrari, do Conselho.
Questionado, Hailé se esquivou: “Nós nunca conversamos sobre política”.
Raridade
A sessão ordinária na Câmara Municipal de Goiânia deixou de
ser aberta por falta de quórum. Não havia sequer os 12 vereadores necessários.
Havia parlamentares na CCJ e nos gabinetes.
Poupa tempo
O comando dos trabalhos não era de Romário Policarpo (PROS).
O ex-presidente Clécio Alves (MDB) foi quem, em poucos minutos, não fez
chamadas pelos colegas e deixou de abrir os trabalhos em plenário.
Economia
Goiânia recebe, no Hotel Clarion Goiânia Órion, o 6º
Congresso Internacional de Direito Financeiro. Com palestras de Benjamim Zymler
(ex-TCU) e da secretária de Economia, Cristiane Schmidt.
CURTAS
– Relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin definiu que a
operação não está “suscetível a retrocesso”.
– O ministro minimizou os impactos do vazamento de conversas
de juiz Sergio Moro com procuradores.
– “Isso não é entretenimento, nem uma série da
Netflix”, definiu o editor do The Intercept Brasil, Leandro Demori, sobre as
próximas reportagens.