Levantamento nacional aponta que mais de 8,7 mil candidatos adotam títulos religiosos
Em Goiânia 23 candidatos têm nomes religiosos para tentar a eleição, as patentes também aparecem/ Foto: Reprodução.
Jyeniffer
Taveira
De
acordo com a divulgação de candidaturas e contas eleitorais, disponibilizada pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em todo o país os títulos religiosos
ocuparam um lugar significativo nos nomes utilizados em urna pelos candidatos a
prefeito (a), vice prefeito (a) ou vereador (a). Ao todo 8,7 mil candidatos
adotam esses nomes.
Somente em Goiânia estão registrados 23 nomes que utilizam títulos
religiosos, na capital os nomes só aparecem em candidatos a Câmara municipal. O
título mais comum é de pastor(a), com 10 candidatos, seguido por irmão(a),
bispo(a) e missionária. É importante ressaltar que o estado é laico e o Art. 5º
da Constituição Federal assegura liberdade de crença aos cidadãos, ou seja, os
eleitos devem governar para todos.
Além dos títulos religiosos, as patentes militares também ganharam
espaço no pleito de 2020, o aumento das candidaturas militares no Brasil, se comparado
a 2016, é de 12,5%. Em Goiânia os sargentos lideram os nomes de urna nessa
categoria, com 12 candidatos. Ao todo 25 candidatos à Câmara e 1 vice-prefeito
tem algum grau de hierarquia militar.
As regras para a
escolha do nome são: máximo 30 caracteres, o candidato pode usar nome,
sobrenome, nome abreviado, apelido ou o nome pelo qual é mais conhecido. Mas é
proibido usar nomes que atentem contra o pudor ou “seja ridículo ou
irreverente”. Outra proibição, segundo o TSE, é o uso de expressões ou siglas
de órgãos da administração pública de qualquer nível (federal, estadual ou
municipal).