Por Wilson Silvestre

A ministra da Secretaria de Governo da Presidência da República, deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) está sendo estimulada a esquecer as juras políticas e fotos ao lado do atual governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (por enquanto no MDB) e tentar ejetá-lo do Palácio do Buriti em 2022. Empoderada como ministra e com o pé nas regiões administrativas de Brasília, aos poucos vem ‘comendo pelas beiradas’ as chances de reeleição de Ibaneis.

Para piorar o cenário político do governador, Brasília não costuma reeleger governantes. O único que conseguiu essa façanha foi Joaquim Roriz (1936-2018) que, em 2002, foi reeleito no segundo turno derrotando o petista Geraldo Magela. Segundo apoiadores próximos da deputada, caso o presidente Jair Bolsonaro esteja bem na disputa com o ex-presidente Lula da Silva, deve bancá-la ao Governo do DF. 

A pergunta é: o serpentário político que gravita em torno do Palácio do Planalto vai permitir Flávia Arruda circular livre e solta para construir esse projeto? Pelas contas da oposição, ela não terá vida fácil, mesmo sendo favorita para disputar a única vaga para o Senado. Um novo personagem entrou na corrida. Trata-se do mega empresário e ex-vice-governador, Paulo Octávio (PSD). PO, como é conhecido no meio político, foi aliado do marido de Flávia, ex-governador José Roberto Arruda (PL).