Vazamentos e briga em grupo de WhatsApp: confira episódios finais da CPI da Covid
O relatório final da CPI da Covid-19, elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB), e vazamentos de dados provocaram mal-estar e briga no grupo de WhatsApp do colegiado. Com isso, a leitura do texto e divulgação serão adiadas. Após vazamento de trechos do relatório pela imprensa, membros do chamado “G7 ampliado”, formado por senadores que comandam […]
O relatório final da CPI da Covid-19, elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB), e vazamentos de dados provocaram mal-estar e briga no grupo de WhatsApp do colegiado. Com isso, a leitura do texto e divulgação serão adiadas.
Após vazamento de trechos do relatório pela imprensa, membros do chamado “G7 ampliado”, formado por senadores que comandam a CPI, mais suplentes e agregados, acusam o relator de descumprir o compromisso de que o grupo teria acesso prioritário ao texto.
A ideia seria uma discussão prévia de pontos do relatório, apresentação de sugestões, nesta semana, para ser submetido o texto final ao colegiado.
Dos integrantes, quem ficou mais indignado com os inúmeros vazamentos, de acordo com reportagem do jornal O Globo, foi o presidente da CPI, o senador Omar Aziz. Ele afirmou que não votaria o texto sem uma discussão prévia, pré-estabelecida. Ao todo, o relatório já conta com mil páginas e deve ser discutido em uma reunião do “G7” ainda na noite desta segunda-feira (18/10).
Alguns parlamentares insinuam que Renan Calheiros está buscando capitalizar politicamente este último período de exposição na CPI, imputando crimes aos suspeitos que não teriam sustentação legal. O que alguns defendem para que sejam modificados.
Dentre os quais, a tipificação dos crimes de Jair Bolsonaro (sem partido). Senadores entendem que é impossível responsabilizar o presidente da República por 11 crimes, especificamente o de homicídio qualificado.
Na semana passada, em um texto alternativo, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) chegou a atribuir apenas cinco crimes a Bolsonaro. Seriam: crime de responsabilidade, crime de epidemia, infração de medida sanitária preventiva, incitação ao crime e crime contra a humanidade.
Já para outros congressistas, o chefe do Executivo deve ser responsabilizado por prevaricação, omissão e crime contra a saúde pública.