Para presos, Antônio David era estuprador

Engenheiro agrônomo estava no Centro de Prisão Provisória (CPP) em Aparecida de Goiânia, desde o dia 28 de janeiro

Postado em: 11-03-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Engenheiro agrônomo estava no Centro de Prisão Provisória (CPP) em Aparecida de Goiânia, desde o dia 28 de janeiro

Na tarde de ontem, o delegado adjunto do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), Henrique Berocan Otto, ouviu quatro dos 25 suspeitos de participarem da morte de Antônio David dos Santos Filho. O engenheiro agrônomo estava no Centro de Prisão Provisória (CPP) em Aparecida de Goiânia, desde o dia 28 de janeiro. Berocan relata que os presos, que dividiam a cela com Antônio, alegaram que a motivação do crime foi por crerem que o agrônomo havia estuprado a auxiliar de enfermagem ,Deise Faria Ferreira. Berocan pretende ouvir todos os colegas de celas para esclarecer a motivação do homicídio.

Antônio David é suspeito da morte e ocultação de cadáver da auxiliar de enfermagem Deise Faria Ferreira. Ela desapareceu no dia 11 de julho do ano passado depois de participar de um ritual da seita religiosa Daime em uma chácara de Goiânia. O ritual envolve a ingestão do chá alucinógeno de ayahuasca. 

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A Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap), em nota, informa que uma sindicância interna será instaurada para apurar perspectivas administrativas que envolvem a denúncia de que Antônio Davi teria direito a cela especial por ser portador de diploma com nível superior.

Investigações

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil– Seção Goiás (OAB-GO), Rodrigo Lustosa, explica que o preso provisório portador de diploma tem direito a ficar em cela separada e o Estado tem que garantir ao preso o direito a vida. Contudo, Lustosa ressalta que é preciso averiguar o caso para que os responsáveis possam tirar conclusões e tomar providências.

Para Apoema Faria, 23, filha de Deise, a morte de Antônio causa mais desespero. “É uma pessoa a menos para informar onde está o corpo da minha mãe”. Ela espera que as pessoas que estavam presentes no dia do desaparecimento tomem iniciativa de ajudar a encontrar o corpo da auxiliar de enfermagem e conta com o empenho da Polícia Civil para que a verdade apareça.  (Flaviane Barbosa) 

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