Mercado de produtos para pesca aposta em melhoria

MARDEM COSTA JR.

Mês de julho, temporada de férias. Para quem pode dar-se ao luxo de gozar o recesso julino e pretende sair de férias para acampar ou pescar, mas precisa adquirir produtos especializados, encontrará uma gama de opções e sortimentos reforçados. Aliás, o comércio já aguardava o momento ansiosamente. Mesmo com as más notícias nas turvas águas da economia brasileira, o segmento prevê acréscimo nas vendas em relação ao ano passado.

Barracas, varas, anzóis, linhas, coletes salva-vidas, lanternas, molinetes, colchões e fogareiros são itens indispensáveis para quem deseja purificar-se do estresse cotidiano e curtir a natureza. As praias do Rio Araguaia e do Lago Serra da Mesa e as cidades de Alto Paraíso, Aruanã, Caldas Novas, Goiás, Pirenópolis e Três Ranchos são os destinos mais procurados na temporada. 

O sorriso de José Sousa, gerente da Pantanal Express, não é à toa. A primeira quinzena de julho é o melhor período do ano para as vendas e compensa as vacas magras dos meses seguintes. Ele acredita que a loja poderá registrar um aumento de 50% na comercialização de produtos específicos para camping e pesca se comparado com o mesmo período de 2015. 

“Estávamos anteriormente em uma loja pequena, mas agora estamos preparados para um crescimento das vendas de até 150%. O movimento começou a crescer, e até pelo dia 15 a expectativa é positiva. Estamos preparados para a demanda e não há tempo ruim que nos segure”, acredita. Os preços, segundo Sousa, estão estáveis, mas que os produtos importados sofreram acréscimo em função da variação cambial

O otimismo é comungado por Lucas Cavalcante, gerente da Casa Caiçara. “Esperamos um incremento de 10 a 15% nas vendas em relação a julho passado. Por mais incrível que possa parecer em função das más notícias da economia, registramos queda no preço de alguns produtos mais procurados nessa época. Não há crise que resista ao hábito do goiano de curtir as férias no Araguaia, por exemplo.”, afirma.

Variação de preços

Um mesmo produto de pesca e camping pode ter uma variação de até 300%. É o que constatou um levantamento realizado com 63 itens típicos pela equipe do Departamento de Cálculo e Pesquisa do Procon municipal entre os dias 21 e 29 de junho. Foram visitados dez estabelecimentos especializados em Goiânia. 

“As maiores variações foram encontradas entre os materiais voltados especificamente para a pesca. Foram verificadas diferenças de preços que podem chegar a 247,83%, como é o caso de uma determinada linha para pesca. Ela custa R$ 2,30 em um estabelecimento e R$ 8,00 em outro”, explica o superintendente do órgão, Fernando Valadares.

O gestor do Procon recomenda cautela ao consumidor, para que esteja atento quanto à qualidade e durabilidade do produto a ser adquirido. “O ideal é pesquisar, fazer orçamentos e estar atento às promoções”. Apesar da pesquisa, Valadares acredita que os preços podem ser alterados de acordo com a concorrência.