Governo quer ampliar atendimento de esgoto para população de pequenos municípios

A meta foi reforçada durante encontro sobre o tema com os prefeitos e secretários municipais das 116 cidades goianas com até cinco mil habitantes

Postado em: 06-06-2017 às 17h20
Por: Caio Marx
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A meta foi reforçada durante encontro sobre o tema com os prefeitos e secretários municipais das 116 cidades goianas com até cinco mil habitantes

Até o fim de 2018, o Governo de Goiás quer atender 80% da população do Estado com esgotamento sanitário. A metaf faz parte dos índices estipulados pelo programa Goiás Mais Competitivo e Inovador e foi reforçada nesta terça-feira, dia 6, pelo secretário Vilmar Rocha (Secima) durante encontro sobre o tema com os prefeitos e secretários municipais das 116 cidades goianas com até cinco mil habitantes.

“Goiás tem essa característica curiosa de ter um grande número de municípios com menos de 5 mil habitantes e é justamente nesses locais que iremos atacar o problema. Já avançamos muito e iremos atingir a nossa meta”, explicou Vilmar Rocha. Segundo o secretário, para se construir um sistema de esgoto numa cidade desse porte é necessário um investimento de aproximadamente R$ 13 milhões. “Nem o Estado e nem as prefeituras tem essa capacidade de investimento no momento. Por isso estamos buscando alternativas e soluções simples, mas que possam melhorar o atendimento à população e garantir mais competitividade a Goiás”, afirmou.

No encontro, que contou também com a participação de representantes da Saneago, Ministério Público, Segplan, Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Conselho Regional de Engenharia (Crea) foram realizadas palestras e distribuídas cartilhas aos prefeitos e secretários municipais. “Nosso objetivo foi de orientá-los e assisti-los para que possamos enfrentar as questões do saneamento, do abastecimento de água, dos resíduos sólidos e da drenagem urbana. Um Estado para ser competitivo precisa de bons índices nesses setores e esse é o desafio que nos foi passado pelo governador Marconi Perillo”, ressaltou Vilmar Rocha.

Panorama
Segundo os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis), divulgados em janeiro deste ano e referentes a 2015, apenas 50,3% dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto, o que significa que mais de 100 milhões de pessoas utilizam medidas alternativas para lidar com os dejetos – seja através de uma fossa, seja jogando o esgoto diretamente em rios.

Em Goiás, segundo esses dados de 2014, 60% da população é atendida pelo sistema de esgotamento sanitário, seja com rede coletora de esgoto ou com fossa séptica/sumidouros, o que coloca o Estado na 16ª posição do ranking nacional. A meta do Governo do Estado é chegar ao 11º lugar até 2018, com 80% da população atendida. Para isso, o governador Marconi Perillo determinou a ampliação de sistemas públicos de saneamento e o incentivo à implantação e adequação de fossas sépticas, conforme as normas técnicas em locais não atendidos por rede coletora. “As fossas sépticas são soluções individualizadas, mais baratas e reconhecidas mundialmente como solução adequada, tanto do ponto de vista ambiental, quanto de saúde e de saneamento”, destacou Vilmar Rocha.

No encontro, também foram discutidas questões relativas aos resíduos sólidos e apresentada uma sugestão de lei municipal que condiciona a entrega do habite-se à obrigatoriedade de construção de fossas sépticas na residência ou no empreendimento.

“O fato é que muitos prefeitos ficam preocupados em conseguir recursos para asfaltamento e recapeamento, mas esquecem dessa questão do saneamento e dos resíduos sólidos que são fundamentais para o desenvolvimento dos municípios e a melhor qualidade de vida da população”, concluiu Vilmar Rocha. 

(Goiás Agora)

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