Atual salário mínimo não compra nem duas cestas básicas no Brasil, aponta Dieese

O aumento de R$ 112 em relação ao valor que vigorou em 2021 (R$ 1.100) não representa aumento real, mas apenas a recomposição de perdas inflacionárias

Postado em: 04-01-2022 às 10h02
Por: Alexandre Paes
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O aumento de R$ 112 em relação ao valor que vigorou em 2021 (R$ 1.100) não representa aumento real, mas apenas a recomposição de perdas inflacionárias | Foto: Reprodução/Internet

O valor de R$ 1.212 não será suficiente para comprar duas cestas básicas por mês, destaca a projeção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Capitais como Florianópolis, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro são as cidades que apresentaram as maiores variações no preço da cesta básica. Os valores variam de R$691 a R$700. Goiânia está na 8° posição, perdendo para Belo Horizonte.

Em Goiânia, uma pesquisa realizada pelo Procon Goiânia no fim de novembro apontou que, o valor da cesta básica passou de R$ 518,77 para R$ 569,17. Ainda não foi realizado levantamento dos preços neste ano de 2022.

A título de referência, o novo salário mínimo também pode ser comparado a outros itens cuja alta chamou atenção em 2021.⁠ Um salário mínimo inteiro equivale a encher três vezes um tanque de carro de 60 litros, considerando o preço médio da gasolina comum (R$ 6,684) em dezembro de 2021.⁠

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O aumento de R$ 112 em relação ao valor que vigorou em 2021 (R$ 1.100) não representa aumento real, mas apenas a recomposição de perdas inflacionárias. Mais 56 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo, entre beneficiários do INSS e trabalhadores privados e públicos

O Dieese defende que deveria haver não apenas uma recomposição do salário mínimo, mas um aumento real, ao afirmar que os aumentos de preços – principalmente em alimentação e bebidas, transportes e habitação – afetou principalmente os trabalhadores com renda muito próxima ao salário mínimo.⁠

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