Detentos utilizam bilhete para prática de corrupção; mensagens ofereciam R$ 10 mil para entrega de celulares
Dentro do bilhete havia um número de telefone para que servidor entrasse em contato e tivesse acesso aos celulares solicitados
Por: Alexandre Paes
Na última segunda-feira (17/1), servidores plantonistas da Unidade Prisional Regional (UPR) de Jataí, deram voz de prisão a dois indivíduos que praticavam crime classificado como corrupção ativa. De acordo com as informações da Diretoria Geral da Administração Prisional de Goiás (DGAP-GO), nas mensagens escritas foi oferecida a quantia de dez mil reais para que os servidores facilitassem a entrada de celulares no presídio, além do valor de mil reais que também seria entregue semanalmente caso o serviço continuasse a ser realizado.
O bilhete escrito foi enviado pelos detentos no momento em que os servidores penitenciários realizaram a escolta de deles até o consultório médico dentro da própria unidade prisional. Um dos detentos entregou o papel dobrado ao plantonista, que não abriu o material mas o guardou e continuou o procedimento de escolta.
Ao final do atendimento médico, os detentos voltaram para suas celas, e o servidor repassou o bilhete ao coordenador da unidade prisional, que ao ler as solicitações descritas pelo autor do bilhete, atribuiu o crime de corrupção ativa à situação, conforme o Artigo 333 do Código Penal Brasileiro.
As mensagens do bilhete totalizaram três laudas; na última parte foi, inclusive, mencionado um número de telefone para que servidor entrasse em contato e tivesse acesso aos celulares solicitados. Os detentos que receberam voz de prisão foram encaminhados à delegacia de Polícia Civil para os procedimentos necessários.
