Frente dos Servidores Federais de Goiás promove encontro com parlamentares

Na próxima segunda-feira (16), o grupo alerta para os riscos e prejuízos que os cidadãos brasileiros poderão enfrentar com as reformas e cortes

Postado em: 14-10-2017 às 08h45
Por: Kamilla Lemes
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Na próxima segunda-feira (16), o grupo alerta para os riscos e prejuízos que os cidadãos brasileiros poderão enfrentar com as reformas e cortes

Representando pelo menos dez
categorias, vários servidores federais de Goiás se uniram para formar a Frente
dos Servidores Federais (FSF-GO), com o objetivo de reivindicar por melhorias
na carreira e protestar contra práticas e decisões do governo federal. A ideia,
segundo o grupo, é alertar para os riscos e prejuízos que os cidadãos
brasileiros poderão enfrentar com as reformas e cortes.

Diante da atual situação do serviço
público e da falta de estrutura, a FSF-GO vai promover um encontro na capital
goiana com a presença de parlamentares que representam o Estado na Câmara
federal. O café com parlamentares será realizado na próxima segunda-feira (16),
às 8h30, no Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, no Jardim Goiás.
Todos os deputados federais goianos foram convidados e vários já confirmaram
presença.

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“Queremos garantir serviços públicos
de qualidade. É isso que os cidadãos merecem. Vamos apresentar nossa real
situação aos deputados, nossos representantes na Câmara federal”, afirma o
presidente do SinPRF-GO, Paulo Afonso da Silva, que destaca que a FSF-GO não
carrega bandeira partidária.

“Todos os órgãos públicos do
executivo federal estão sofrendo com o baixo investimento e a não contratação
de novos servidores. Isso afeta a atuação dessas instituições e impede que os
serviços sejam prestados de forma eficaz”, completa Paulo, representante da
FSF-GO.

No caso da PRF, segundo o presidente
do Sindicato goiano, a categoria fica, por exemplo, impossibilitada em combater
o tráfico de armas e drogas ou atuar para diminuir os acidentes de trânsito. “E
não é só a PRF. A Polícia Federal diminui as operações no combate à corrupção,
a Receita Federal deixa de fiscalizar os grandes sonegadores, os auditores
fiscais do trabalho deixam de agir nas mais variadas áreas de sua competência,
como trabalho escravo, trabalho infantil. As Universidades Federais interrompem
seus projetos. Enfim, todos os órgãos públicos são prejudicados”, alertou.

“O governo federal está sucateando os
órgãos públicos e retirando os direitos dos servidores concursados para terem
mais controle sobre essas instituições e perpetuar o desmando sobre a coisa
pública, fomentando a corrupção, nepotismo e muito mais. Tratam como se os
recursos do erário público lhes pertencessem e não ao povo que paga seus impostos
e necessitam de serviços públicos de qualidade”, completa Paulo.

Déficit na previdência

A FSF luta para esclarecer pontos
divulgados pelo governo federal como verdade absoluta. Um desses tópicos é a
questão da previdência. Os servidores alertam que, além da contribuição
previdenciária paga pelo empregado e pelas empresas, há várias fontes de
receita para a previdência social, como COFINS (sobre todos produtos e
serviços), PIS, PASEP, CSLL-contribuição social sobre lucro líquido das
empresas, percentual sobre a arrecadação das loterias, etc. 

“Na falsa conta do governo só é
contabilizada a contribuição previdenciária paga pelos trabalhadores e
empresas. Eles não falam que retiram da previdência 30% de toda a arrecadação
por meio da DRU- Desvinculação das Receitas da União. Para completar, todos os
anos há um rombo de centenas de bilhões de reais pela sonegação, REFIS e
incentivos fiscais”, conclui o presidente do SinPRF-GO ao completar que o fim
da estabilidade para o servidor público, aprovado recentemente por uma comissão
do Senado, também será colocada em pauta. 

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