Criança é morta queimada durante ritual; mãe, avós e tia são presos

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu a mãe, a tia e os avós maternos de uma menina de cinco anos que

Postado em: 26-04-2022 às 16h57
Por: Rodrigo Melo
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A policia afirmou que o pai da criança, que não esteve no momento do suposto acidente, foi o primeiro a desconfiar da versão dos familiares e levou o caso até a polícia | Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu a mãe, a tia e os avós maternos de uma menina de cinco anos que morreu queimada, após passar por um ritual religioso. A prisão ocorreu em Frutal, no triângulo mineiro, na quarta-feira (20/4). Ainda segundo a polícia, um guia espiritual também foi detido.

A criança Maria Fernanda de Camargo morreu no dia 24 de março, após ter 100% do corpo queimado. A reconstituição do crime, que será tratado como homicídio doloso (quando há intenção do autor), deve ocorrer nos próximos dias.

Os cinco envolvidos foram presos preventivamente por 30 dias e os nomes deles não foram divulgados pela polícia. As prisões aconteceram depois de quase um mês de investigação sobre a morte de Maria Fernanda. Inicialmente a hipótese era de que a menina havia sofrido um acidente doméstico e se queimado em uma churrasqueira.

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A criança foi sepultada no dia 25 de março no distrito de Santo Antônio do Rio Grande, na cidade mineira de Fronteira, a cerca de 60 km de Frutal.

Investigação

O delegado Murilo Cézar Antonini Pereira afirmou que o pai da criança, que não esteve no momento do suposto acidente, foi o primeiro a desconfiar da versão dos familiares e levou o caso até a polícia.

A versão preliminar dos suspeitos, logo após a morte da criança, eles disseram que a vítima havia se queimado em uma churrasqueira durante um churrasco na casa dos avôs maternos da criança. No momento, os familiares tentaram socorrer a menina, sendo que também sofreram queimaduras leves.

A polícia disse ter constatado durante investigação que essa não seria a real versão dos fatos e que a criança teria sofrido as queimaduras durante um ritual “de evocação e incorporação de espíritos malignos”, com a participação da mão, avôs, tia e de um guia espiritual.

“Foram ouvidas testemunhas e os médicos que atenderam a vítima e os laudos periciais analisados, com isso concluímos que a vítima teria participado de um ritual religioso, sendo que um líder espiritual teria jogado álcool no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo, usando uma vela”, afirmou o delegado.

Além das prisões também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Celulares e documentos foram apreendidos e podem ajudar a polícia a entender a motivação do crime. Os suspeitos prestaram novos depoimentos , no entanto, o conteúdo não foi divulgado pela polícia.

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