Goiás registrou mais de 55 mil casos de estelionato

O estelionato, consiste basicamente na prática de golpes, nos quais o criminoso engana a vítima para obter algum tipo de vantagem

Postado em: 11-07-2022 às 07h57
Por: Daniell Alves
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O estelionato, consiste basicamente na prática de golpes, nos quais o criminoso engana a vítima para obter algum tipo de vantagem | Foto: Reprodução

O número de crimes de estelionato tem crescido em Goiás. Em 2021, foram mais de 55 mil casos registrados, quase o dobro do quantitativo do ano anterior, conforme levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Já na modalidade eletrônica foram 112 casos registrados, um aumento de mais de 700%, já que, no ano passado, 12 pessoas sofreram golpes. 

Em todo o país, foram 1.265.073 casos, com alta de 36% em comparação com 927.898 ocorrências em 2020. Ao analisar apenas golpes por meios eletrônicos, o número é ainda maior, com 74,5%, passando de 34.713 para 60.519.

O estelionato, crime do artigo 171 do Código Penal, consiste basicamente na prática de golpes, nos quais o criminoso engana a vítima para obter algum tipo de vantagem, na maioria das vezes em dinheiro. 

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São diversas as estratégias utilizadas por criminosos para cometer o golpe, sendo as principais as clonagens de WhatsApp, utilização de perfis falsos nas redes sociais, além de hackear perfis para comercializar falsos produtos. Com a popularização e maior adesão ao PIX, pagamento instantâneo adotado pelo Banco Central (BC), os golpes ficaram ainda mais fáceis. 

Agem do mesmo modo

Conforme explica o delegado da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), Davi Rezende, independente da maneira que o golpe é aplicado, os golpistas agem do mesmo modo. “Mesmo virtualmente, eles usam da engenharia social para poder aplicar esses golpes. Eles se utilizam sempre dessas técnicas de ludibriar as pessoas”, ressalta.

Ele pontua que o PIX também tornou a aplicação do golpe mais rápida. “Antigamente, muitas vezes a pessoa tinha de ir até o banco para fazer a transferência. Nesse meio tempo, poderia cair em si de que estava sendo vítima de um golpe”. 

Além disso, existe também o golpe do leilão, onde criminosos criam contas falsas de leilão de veículos. “As vítimas entram, arrematam e fazem a transferência bancária. Só quando entram em contato com a casa de leilão real, é que percebem que foram vítimas do golpe. Dificilmente o prejuízo é abaixo de R$ 30 mil”, informa o delegado.

Apesar do aumento de golpes virtuais, ainda é um crime subnotificado, sem haver padronização para registro das ocorrências. Além disso, as estruturas policiais ainda não são capazes de investigar volume e variedade dos golpes. Grande quantidade dos perfis utilizados para estelionato digital são no Instagram, em que podem ser usados perfis já existentes ou até mesmo criar uma conta apenas com essa finalidade.

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