Fiéis denunciam possível fraude

Grupo de fiéis pede abertura de investigação para saber qual é a origem das despesas da casa episcopal de Formosa

Postado em: 14-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Grupo de fiéis pede abertura de investigação para saber qual é a origem das despesas da casa episcopal de Formosa

Marcus Vinícius Beck*

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Fiéis pediram ontem (13) a investigação das contas da Diocese da Igreja Católica em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Eles cobram maiores explicações sobre o aumento nas despesas da casa episcoal, que passou de R$ 5 mil para R$ 35 mil, desde que Dom José Ronaldo assumiu o posto há três anos. Em meio à polêmica, o grupo que contesta as contas disse que não vai recolher dízimos até que seus questionamentos sejam respondidos. 

Segundo um fiel que preferiu o anonimato, as contas da cúria não fecham e, por isso, é necessária a abertura pública dos números da administração da Diocese. No entanto, a Igreja afirmou que o custo das 33 paróquias é de aproximadamente R$ 12 milhões por ano, enquanto que a arrecadação é de R$ 16 milhões. O restante do fundo é destinado para cada unidade. 

Questionado pela imprensa, Dom José Ronaldo alegou que não põe as mãos no dinheiro e que jamais houve pedido, por parte do grupo, para abertura da prestação de contas. De acordo com o padre, não há nada de impropriedade em sua gestão à frente da cúria. Ele assegurou que não tocou na verba das paróquias, e que lembrou que elas são destinadas à manutenção das necessidades da Diocese. 

No entanto, o grupo de fiéis rebateu as afirmações de Dom José, e disse que ele se nega a prestar conta do que faz com o dinheiro. O grupo chegou a denunciar o problema para o Ministério Público de Goiás (MP-GO). A promotoria disse que recebeu pedido e que agudarda um parecer jurídico para começar a apurar o caso.

No ano passado, a divulgação do patrimônio do padre Moacir Anastácio causou estrondo em uma Igreja Católica e seus fiéis, em Taguatinga, cidade satélite de Brasília. Levantamento da Polícia Federal (PF) mostrou o que patrimônio do sacerdote era de aproximadamente R$ 3,3 milhões.

Estupro

Casos em igrejas que suscitam polêmica não é exclusividade da Igreja Católica, e sim uma triste realidade que acomete várias instituições religiosas do estado de Goiás. No ano passado, por exemplo, a Polícia Civil prendeu os pastores Antônio Carlos de Jesus e Jéssica Teles da Cruz por estupro de fiéis. O homem, com a cumplicidade de sua esposa, aliciava fiéis a manter relações sexuais com a desculpa de que o ato quebraria as maldições. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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