Esquema de pirâmide financeira faz mais de 20 vítimas em Itumbiara

Esquema estava ligado com a venda de dólares abaixo do preço do mercado. Prejuízo pode chegar a R$ 5 milhões

Postado em: 26-12-2017 às 12h20
Por: Victor Pimenta
Imagem Ilustrando a Notícia: Esquema de pirâmide financeira faz mais de 20 vítimas em Itumbiara
Esquema estava ligado com a venda de dólares abaixo do preço do mercado. Prejuízo pode chegar a R$ 5 milhões

Dois irmãos, sendo um empresário de 34 anos e um estudante de direito, de 29, são suspeitos de operar um esquema de pirâmide financeira vendendo dólares abaixo do preço de mercado e deixando de entregar a moeda para
as vítimas, em Itumbiara, na região sul de Goiás. 
De acordo com a Polícia
Civil (PC), as investigações apontaram golpes que ultrapassam R$ 1 milhão, com mais
de 20 vítimas citadas no inquérito.

Segundo o delegado Vinicius Castro Penna, responsável pelo
caso, o empresário João Paulo Ramos Caixeta está foragido e o irmão dele,
Everton Mortosa Neto, chegou a ser localizado pela polícia, mas quando ia ser
preso apresentou uma decisão judicial de revogação do pedido de prisão. De
acordo com ele, algumas vítimas chegaram a vender a casa que moravam para fazer
o investimento.

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Segundo as investigações, eles ofereciam o dólar entre
30% e 35% abaixo do valor de mercado. Os irmãos vendiam a dois por um, chegando
a entregar o dinheiro para alguns clientes. No entanto, a bola de neve aumentou e quanto mais dinheiro vendido, mais pessoas eram lesadas.

O caso é investigado há mais de três meses pela Delegacia
Regional de Polícia Civil de Itumbiara. De acordo com o delegado, João Paulo
Ramos era dono de uma agência de turismo, que foi fechada da noite do dia para
a fuga dos dois. A empresa, segundo o investigador, era uma das formas usadas
para captar os clientes.

“Trata-se de um esquema de pirâmide financeira. Algumas
vítimas preferem não se apresentar pois têm receio. Outras ainda acreditam que vão
ter o dinheiro que investiram de volta. No inquérito, nós temos mais de 20 que
não receberam o dinheiro dado para compra da moeda estrangeira. Pela projeção,
o prejuízo pode chegar a R$ 5 milhões”, revelou o delegado. 

Fotos: USP Imagens e Divulgação/Polícia Civil

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