Áreas de risco se intensificam com fortes chuvas no estado

Aparecida de Goiânia conta com cerca de 34 pontos e 17 áreas consideradas de risco, já a capital conta com 23 áreas de maior atenção desde o último levantamento

Postado em: 26-10-2022 às 09h00
Por: Sabrina Vilela
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Aparecida de Goiânia conta com cerca de 34 pontos e 17 áreas consideradas de risco, já a capital conta com 23 áreas de maior atenção desde o último levantamento | Foto: reprodução

Segundo informações preliminares da Defesa Civil Municipal, Aparecida de Goiânia conta com cerca de 34 pontos e 17 áreas consideradas de risco. Pelo menos quatro áreas podem ser classificadas como de extremo risco. Essas regiões são geralmente de casas próximas a córregos. Por conta disso, essas residências correm riscos de deslizamentos devido ao processo erosivo. Com a intensificação das chuvas esses locais voltam a entrar em estado de alerta. 

A Defesa Civil detém duas estações meteorológicas, 11 pluviométricos automáticos remotos por satélite e um radar hidrológico que permite a análise das áreas de risco a cada 15 minutos. A Superintendência de Proteção e Defesa Civil de Aparecida afirma que realiza ações de vistoria, monitoramento e providências em relação aos pontos de alagamentos, áreas de riscos e com situações de vulnerabilidades.   

A ação faz parte do cronograma de atividades do órgão para garantir a segurança da população durante o período mais crítico de chuva. Superintendente de Proteção e Defesa Civil, Juliano Cardoso destaca que todos os efetivos de profissionais estão mobilizados a fim de evitar acidentes e incidentes em Aparecida de Goiânia. 

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Além da Defesa Civil, a ação conta com as secretarias de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura, além do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. A Defesa Civil é responsável pela proteção, prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação, com base na Polícia Nacional de Proteção e Defesa Civil.

A população tem o direito de se manter informada sobre a ocorrência de eventos extremos fornecidos pela Defesa Civil. Também protocolos de prevenção em circunstâncias de desastres e outras providências. A Central de Atendimento da Defesa Civil de Aparecida pode ser acionada pelos telefones 3545-6036 e 98471-7800 em horário comercial. O atendimento 24h pode ser acionado pelo WhatsApp 62-98471-5300 ou Telefone de Emergência 199.

Goiânia 

Coordenador da Defesa Civil de Goiânia, Anderson Souza afirma que não é possível ter um número exato quanto às áreas de risco na capital, mas o último levantamento realizado em 2016, aponta 23 zonas com maior atenção na capital. 

Segundo ele, são mapeadas áreas com maior vulnerabilidade provocadas ao longo dos anos, para motivar ações a médio e longo prazo, com intervenção definitiva e eliminação dos riscos existentes. As atualizações das áreas são feitas a cada cinco anos porque as erosões não conseguem ser resolvidas de forma rápida, conforme afirma o coordenador.

Além disso, o órgão municipal visualiza pontos que possam oferecer risco durante um evento hidrológico, por exemplo, em que pode ser realizada uma intervenção – limpeza para desobstrução de drenagem – emergencial e a curto prazo. Isso permite evitar que as águas pluviais sigam seu destino normalmente sem acúmulo nas edificações e causem transtornos. 

“Estamos em início de período chuvoso e o solo ainda suporta, mas levando em consideração os últimos períodos tivemos uma redução nos deslocamentos de talude e o que tivemos foram mapeados. Já estão sendo adotadas medidas a médio e longo prazo, por ser necessário planejamentos, ou seja, ações definitivas de prevenção, reforço e mitigação”, destaca o coordenador.

Sobre a preparação das áreas para as próximas chuvas, Souza afirma que esse trabalho é contínuo. Desde a chuva da última segunda-feira, a Defesa Civil fez o comparativo dos danos, que em sua maioria foram quedas de árvores.  “Para aquelas áreas onde demandam ações a médio e longo prazo comunicamos e orientamos aos moradores para nos acionar a qualquer suspeita de instabilidade. Ensinamos como fazer e ficamos a disposição 24hs com equipes prontas e próximas dos locais com mais precipitações de chuvas”.

Souza destaca ainda que em casos mais emergenciais é necessário a evacuação do local e limpeza no sistema de drenagem. Um simples alagamento em que não cobriu a edificação inteira já é um caso emergencial, por exemplo. É uma ação que vislumbra um risco iminente, conforme destaca o coordenador.

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