Suspeito de integrar grupo que fraudou mais de R$ 50 milhões do Auxílio Emergencial é preso, em Goiânia

Operação teve início ainda em agosto de 2020

Postado em: 07-03-2023 às 14h55
Por: Ana Júlia da Cruz Costa
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Operação teve início ainda em agosto de 2020 | Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) prendeu um suspeito de integrar grupo que teria fraudado mais de R$ 50 milhões do programa Auxílio Emergencial. A ação aconteceu nesta terça-feira (7), em Goiânia. Além da prisão do homem, a PF também cumpriu 47 mandados de busca e dois de prisão preventiva em diversos estados brasileiros: Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

Com esta operação, a polícia tem como objetivo desarticular uma organização criminosa investigada por praticar fraudes no programa Auxílio Emergencial. No Estado de Goiás, a Operação Apateones cumpriu um mandado de prisão na capital e um de busca e apreensão, no município de Santo Antônio do Descoberto, no entorno do Distrito Federal. Ao todo, 200 agentes policiais participaram da ação.

Durante esta etapa da operação, a PF investiga 37 pessoas por furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa. As penas somadas ultrapassam 22 anos de reclusão.

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Operação Apateones

A polícia estuda o caso desde agosto de 2020, após receber informações da Caixa Econômica Federal. Na ocasião, foram confirmados 91 dados de benefícios pelo Auxílio Emergencial fraudados, somando cerca de R$ 54 mil. De acordo com as informações recebidas, o dinheiro foi desviado para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica, em Indaiatuba (SP). Depois disso, a Delegacia de Polícia Federal em Campinas identificou milhares de outras fraudes.

Ao longo das apurações, a PF identificou que parte dos envolvidos no caso estava em Goiás e Rondônia. A polícia também percebeu que os beneficiários receberam valores de aproximadamente 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas, por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias.

Com essas informações, a PF fez novas análises e quebra de sigilo bancário, apurando que o grupo suspeito movimentou valores superiores a R$ 50 milhões. Ao todo, mais de 10 mil contas foram fraudadas.

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