Câncer entre mulheres preocupa profissionais de saúde pela baixa adesão às campanhas

Médicos alertam para exames de rotina e campanhas de vacinação

Postado em: 07-03-2023 às 19h58
Por: Ana Júlia da Cruz Costa
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Médicos alertam para exames de rotina e campanhas de vacinação | Foto: Reprodução/Freepik

A estimativa para 2023 é que apareçam aproximadamente 7.800 novos casos de câncer em mulheres goianas do total de 244.160 casos nacionais. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), os três principais tipos de tumores entre as mulheres de Goiás são: mama, com quase 2.000 novas incidências; ginecológico, com cerca de 1.000 novos casos; e cólon e reto, com 560 casos previstos em mulheres. Especialistas apontam que a baixa adesão aos exames de rotina e às campanhas de vacinação contribuem para os resultados da pesquisa.

Estes dados preocupam profissionais da área de saúde, que alertam a população. “O estilo de vida é determinante para o aumento da incidência da doença. Atualmente, as mulheres têm menos filhos e a primeira gestação mais tardia. Com isso, amamentam menos e menstruam mais, sendo mais expostas ao estímulo hormonal. Há também outros fatores, como obesidade, sedentarismo, uso de álcool e alimentos ultraprocessados, que também elevam a chance de desenvolver alguns tipos de câncer”, explicou o oncologista Gabriel Felipe Santiago, do Centro de Oncologia IGH.

Quando o assunto são os cânceres ginecológicos, é preciso entender que o câncer de colo de útero é o tumor desse tipo mais comum no Brasil. A principal causa da doença é o papilomavírus humano (HPV), para o qual já existe vacina na rede pública. Na maioria dos casos, aparece uma infecção genital causada pelo HPV, que acaba evoluindo para um tumor maligno. Segundo a pesquisa feita pelo Inca, aproximadamente 17.000 casos surgirão no país este ano.

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Exames preventivos

As consultas de rotina e acompanhamento são essenciais para a prevenção e diagnóstico precoce da doença nas mulheres. Para o cancêr de mama, por exemplo, o Inca recomenda que, anualmente, mulheres a partir de 40 anos façam a mamografia. Tal recomendação é válida para pacientes assintomáticas e sem histórico familiar da doença também.

Outro exame importante é a colonoscopia, que é um dos principais métodos de rastreamento do câncer de cólon e reto. A Sociedade Brasileira de Colonproctologia indica que mulheres a partir de 50 anos, sem histórico familiar da doença, devem fazer o exame a cada 5 ou 10 anos, caso os resultados sejam normais.

Os exames para diagnosticar HPV e câncer de colo de útero são o Papanicolau e a colposcopia. Não existe uma idade certa para iniciar o rastreamento da doença, mas, em geral, se recomenda iniciar os preventivos após a primeira relação sexual ou quando houver intenção de praticar o ato.

Outros exames recomendados para a saúde da mulher são ultrassonagrafia transvaginal, vulvoscopia, exames de sangue, entre outros. Eles ajudam na prevenção de lesões no colo do útero, cistos nos ovários, infecções e outros problemas.

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