Em pesquisa, aeroporto de Goiânia está entre os cincos melhores
Entretanto, o aeroporto Santa Genoveva ainda deixa a desejar quando o assunto é oferta de lanchonetes, restaurantes e lojas bem como o custo-benefício dos produtos disponíveis
Por: Sheyla Sousa
Denise Soares*
Apontado recentemente como um dos melhores aeroportos dos cinco incluídos no primeiro trimestre de 2018 na Pesquisa de Satisfação do Passageiro e de Desempenho Aeroportuário da Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Postos e Aviação Civil (SAC), o Aeroporto Santa Genoveva ainda deixa a desejar quando o assunto é oferta de lanchonetes, restaurantes e lojas bem como o custo-benefício dos produtos disponíveis.
O consultor de vendas Victor Neto, 29 anos, viaja semanal a trabalho e fala sobre o problema. “Se comparado com outras capitais com o mesmo tamanho de Goiânia, o terminal ainda não é um dos melhores. Tem pouca opção de restaurantes e lanchonetes.” Mas, o consultor tem esperança que haja novos espaços para fazer refeições já que o terminal goiano ainda é novo.
O vendedor Thiago Heluy outro frequentador assíduo do aeroporto também sente falta de mais opções de lugares para comer e de preços mais justos. “Falta opção de restaurantes, cafés e lanchonetes e o custo-benefício dos lugares já disponíveis fica aquém”, sublinha. Já a publicitária, Mônica Pedrosa Martins, 57 anos, que sempre deixa e busca familiares no Santa Genoveva, reclama da falta de entretenimento para o tempo de espera de passageiros e antes do embarque. “Como boa paulista tenho a mania de ir ao aeroporto para tomar café, ver os aviões pousando e decolando. Aqui além de não dar para ver pousos e decolagens não há opções pra entreter. Falta uma livraria boa, grande”, pontua.
Em contraponto, o jornalista Túlio Paniago, 27 anos, de passagem pelo aeroporto goiano pela segunda vez, conta que gosta de um espaço mais tranquilo como o que encontrou em Goiânia. “O Santa Genoveva é bem sinalizado, as lojas e lugares para se alimentar são poucos, mas suficientes. Tem aeroportos que parecem shopping, aqui é mais enxuto. Prefiro assim.”
Pesquisa
Realizada desde 2013 pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Postos e Aviação Civil (SAC), o intuito da pesquisa é avaliar a experiência dos usuários de transportes aéreos em vôos domésticos e internacionais em diversos itens da infraestrutura, atendimento e serviços, bem como monitora o desempenho de diversos procedimentos aeroportuários como o check-in, inspeção de segurança, restituição de bagagens, entre outros nos principais aeroportos do Brasil. O levantamento do primeiro trimestre deste ano incluiu os aeroportos de Goiânia, Maceió, Belém, Vitória e Florianópolis, que contam com até cinco milhões de passageiros/ano.
Prestes a completar dois anos dia 9 de maio, o aeroporto de Goiânia é considerado o oitavo em satisfação do passageiro entre 20 terminais. A nota goiana ficou em 4,38 de um total de cinco pontos atribuídos pelos usuários. Sendo que os terminais que obtêm notas quatro e cinco são considerados como bons e muito bons.
Entre os oito aeroportos que recebem até 5 milhões de passageiros por ano, Goiânia aparece na terceira posição com nota 4,38, atrás de Natal com 4,56 e Manaus com 4,41. Dos 37 itens avaliados pelos passageiros, o terminal da capital goiana aparece em segundo lugar em dois deles: tempo de fila na inspeção de segurança e qualidade da informação nos painéis das esteiras de restituição de bagagem, respectivamente com pontuações 4,73 e 4,75.
Nos itens de disponibilidade e qualidade das informações nos painéis de voo, o terminal ficou em décimo lugar (4,17). Goiânia é a décima quarta na disponibilidade de tomadas (3,73) e décima oitava quando o assunto é qualidade de internet wi-fi disponibilizada pelo aeroporto (3,07).
Mas a pior avaliação fica por conta do custo-benefício dos produtos de lanchonetes e restaurantes com 2,61 e dos produtos comerciais 2,89, dando ao aeroporto goiano a última posição em cada uma delas e a penúltima na avaliação dos passageiros sobre a quantidade e qualidade de cada uma delas com nota 3,43. (Denise Soares, especial para O Hoje)