Número de inadimplentes caiu 3,01% entre janeiro e fevereiro no município
Especialistas apontam a “injeção de recursos” do fim de ano como principal causa de recuo no número de devedores
Por: Everton Antunes

No último dia 27, uma pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), com base em dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, mostrou que o número de inadimplentes no município teve queda de 3,01% entre janeiro e fevereiro. Já em comparação anual, o índice teve alta de quase 7%, acima das médias do país (7,49%) e da região Centro-Oeste (4,65%).
Para o economista Danilo Orsida, o que contribuiu para esse cenário foi a “remessa de recursos no mês de Dezembro – mês de pagamento de décimo terceiro e férias. Essa injeção de recursos contribui para que as pessoas quitem suas dívidas”. Além disso, Wanderson Lima, gerente de negócios da CDL Goiânia, faz prognósticos sobre o cenário de endividamento para este ano.
Resultados
Em um recorte de idade, o boletim ainda revelou que a faixa mais expressiva de devedores encontra-se entre os 30 e 39 anos de idade – isto é, cerca de 26,25%. No que diz respeito à inadimplência por gênero, os homens seguem devendo mais – aproximadamente 50,84% –, contra o percentual de 49,16% para as mulheres.
Já em relação à soma das dívidas, no município, cada consumidor acumula, em média, R$4.386,31. Os dados também evidenciam que pouco mais de 32% dos goianienses tinham débitos de até R$500, enquanto que 46,41% dos inadimplentes, deviam até R$1.000,00. O informe estima que o tempo médio de atraso dos inadimplentes é de 26,9 meses.
Em fevereiro, cada devedor da capital goiana tinha em média 2,111 débitos em atraso. Esse índice posiciona-se acima das médias da região Centro-Oeste – ou seja, cerca de 2,103 dívidas por devedor – e nacional – 2,035 dívidas por pessoa inadimplente.
Entre os setores que registraram maior número de dívidas em Goiânia, figura o de bancos – 62,37% do total – e, em seguida, comunicações (10,96%), água e luz (9,09%), comércio (9,04%) e outros (8,54%). Sobre os débitos bancários, Orsida afirma que estas “são as dívidas com os maiores encargos de cobrança e taxas de juros”, o que explica o protagonismo desse setor na inadimplência do município.