Paralisação de servidores da Educação mudam rotina de 116 escolas e CMEIs em Goiânia 

A greve dos servidores da educação de Goiânia é mantida por tempo indeterminado, mas as entidades voltam a se reunir nesta quarta-feira (4/10)

Postado em: 03-10-2023 às 08h00
Por: Matheus Santana
Imagem Ilustrando a Notícia: Paralisação de servidores da Educação mudam rotina de 116 escolas e CMEIs em Goiânia 
Sintego cobra benefícios para servidores do administrativo de Goiânia | Foto: Secom Goiânia

Nesta segunda-feira (2/10) teve início a greve dos Servidores Administrativos de Educação Municipal de Goiânia. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (SINTEGO), a categoria exige 6% no pagamento da data-base de 2023 para os administrativos. 

Além disso, a entidade também solicita um plano de carreira e equiparação no auxílio locomoção. Atualmente o benefício é de R$ 300 e os profissionais pedem para que esse valor aumente para R$600, o mesmo valor pago para os professores. No momento, a Secretaria Municipal de Educação (SME) continua avaliando as propostas feitas pelos servidores.

Claudio Avelar de Souza, auxiliar de Atividades Educativas, que também participa do movimento, diz ao jornal O Hoje que funcionários de outros órgãos, que exercem a mesma função, já tiveram a reformulação do plano de carreira feita, e os funcionários da educação ainda não tiveram uma mudança. “Já tem algum tempo que está sendo prometido a reformulação do nosso plano de carreira, mas nunca houve nenhuma mudança, inclusive outros órgãos tiveram essa reformulação no plano de carreira, e nos dá educação não tivemos nenhuma mudança.”

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Segundo a SINTEGO, foram feitas várias tentativas de diálogo com os representantes do executivo e das pastas de financiamento e educação, mas não tiveram nenhum resultado. Este é o motivo pelo qual os servidores decidiram se movimentar de forma independente.

A greve dos servidores da educação de Goiânia é mantida por tempo indeterminado, mas as entidades voltam a se reunir nesta quarta-feira (4/10), para analisar as propostas apresentadas pelo Paço.    

Conforme as informações repassadas pela SINTEGO, “em toda a capital existem unidades escolares que têm trabalhadores em greve.” No momento são 116 Escolas municipais e CMEIs que estão enfrentando dificuldades em manter os trabalhos nesta segunda-feira.

Algumas unidades estão trabalhando com apenas funcionários que têm contrato com a prefeitura. No Cmei José Alves Batista, no Setor Crimeia Leste, a unidade recebeu 200 crianças em período integral no começo desta semana, porém cerca de 40 crianças foram atendidas em meio período, já em outra Unidade localizada Setor Parque Amazônia, o CMEI Drª Elizabeth Pinto Ribeiro, não teve nenhuma atividade, pois todos os funcionários aderiram à greve. Além dos CMEIs citados, a Escola Municipal Renascer, localizada no Residencial Real Conquista e a Escola Municipal Prof. Percival Xavier Rebelo no St. Vila Novo Horizonte, todos os administrativos no período matutino e vespertino aderiram à greve.

Essas são apenas umas das 116 unidades educacionais que estão passando por dificuldades na funcionalidade da unidade ou que nem se quer funcionaram nesta segunda-feira.

Claudio Avelar de Souza também relatou que para evitar a paralisação total dos CMEIs e das Escolas Municipais, a prefeitura está fazendo o remanejamento de funcionários de outros órgãos. “O que chegou para a gente foi que a prefeitura está remanejando funcionários de outros órgãos, como a Comurg, para executar alguns trabalhos e evitar a paralisação total.”     

Nota 

Por meio de nota a Prefeitura de Goiânia esclareceu algumas informações para tranquilizar os pais das crianças e dos alunos que utilizam dos serviços municipais, segundo a nota divulgada a gestão municipal está trabalhando para que os alunos continuem sendo atendidos nas unidades, para que elas não sejam prejudicadas. A nota também esclarece que a paralisação pode interferir no processo de ensino dos estudantes, já que eles estão recuperando os conteúdos perdidos durante o período de pandemia causado pelo vírus da Covid-19.

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