Suspeitos de decapitar e deixar cabeça na porta de shopping vão a júri popular

Segundo denúncia, alvo era irmão da vítima, envolvido com facção rival da qual pertenciam os réus| Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Postado em: 28-01-2020 às 12h30
Por: Redação
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Segundo denúncia, alvo era irmão da vítima, envolvido com facção rival da qual pertenciam os réus| Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Eduardo Marques

Os cincos homens acusados de matar a tiros e decapitar Erivaldo Ferreira da Rocha, de 32 anos, com um serrote e abandonar a cabeça na porta de um shopping da capital vão a júri popular. Segundo a denúncia, o crime foi uma forma de atingir o irmão da vítima, que teria envolvimento em uma facção criminosa rival a qual pertencia os pronunciados.

Serão julgados pelo crime: Denis Petterson Menezes, Edson Dener Menezes de Sousa, Luciano Martins da Fonseca, Matheus Máximo de Souza e Maurício Máximo de Souza Filhos. Todos estão presos.

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A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Em audiências realizadas ao longo do processo, todos eles negaram participação no crime. O Hoje não conseguiu localizar o advogado deles até a publicação desta reportagem.

A cabeça de Erivaldo foi encontrada no dia 13 de janeiro do ano passado, em frente a um shopping na Avenida Perimetral Norte. Nela, havia a inscrição “TD2”, que faz alusão à gíria “tudo dois”, que significa “tudo em paz”. A sigla tem elo com briga entre facções. O corpo de Erivaldo foi encontrado após quatro dias, boiando no Rio Meia Ponte.

Relembre o caso

Segundo o processo, Denis, na época já preso, foi o mandante do crime. Ele tinha uma rixa com Erli Ferreira da Rocha, membro de uma facção rival, mas como não o encontrou, resolveu matar Erivaldo, seu irmão.

Erli foi vítima de um atentado 20 dias antes, sendo alvo de vários tiros. Mas conseguiu escapar e fugiu para um local desconhecido.

Denis, então, narra a denúncia, passou a arquitetar a morte de Erivaldo e armou uma emboscada. Luciano simulou uma falsa oferta de emprego para ele, que capinava lotes. Ele foi o responsável por levá-lo ao local onde trabalharia.

Porém, no terreno, se encontrou com os outros três réus. Edson foi o responsável pelos disparos. Em seguida, Luciano degolou a vítima e escreveu a sigla em sua testa, jogou seu cadáver no rio e a cabeça na calçada do shopping.

Já Matheus e Maurício estavam presentes no local e incentivaram as agressões. Consta no processo, inclusive, que Matheus tentou matá-lo antes, mas sua arma falhou.

O juiz ressaltou que a vítima não tinha qualquer relação com as facções criminosas, sendo somente usuário de drogas.

 

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