MAC é palco para exposições, música, dança e educação

14ª edição da Semana de Museus segue até o próximo dia 22 de maio, no CCON, em Goiânia

Postado em: 17-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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14ª edição da Semana de Museus segue até o próximo dia 22 de maio, no CCON, em Goiânia

Elisama Ximenes

De oficinas de pipa a espaço educativo voltado para crianças autistas, a programação da 14ª Semana de Museus no Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Goiás começou ontem (16) e segue intensa. O museu, a cidade e o homem foram os objetos escolhidos para o tema da edição regional. O evento é realizado em 1.236 museus brasileiros, com o tema geral Paisagens Culturais. A programação, gratuita, segue até 22 de maio. O MAC fica no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), que organiza o evento em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

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A diretora do MAC, Denise Pires, diz que o evento está recheado de intervenções artísticas, com muitos trabalhos voltados para crianças. “Estamos comemorando o nosso trabalho com o público infantil”, reforça. Ainda nessa linha, a 14ª edição da Semana de Museus em Goiás conta com um espaço diferenciado, voltado para crianças autistas. Trata-se do Espaço Vida. A diretora explica que, no local, serão realizadas oficinas arte-educadoras para crianças autistas, com estratégias específicas de ensino e trocas.

Por falar em trocas, na sexta-feira (20), o Casulo Moda Coletiva organiza uma feira de trocas. O bazar de trocas começa às 16h e segue até as 20h. Maiene Horbylon, do Casulo, explica que as pessoas podem trocar qualquer coisa. “São produtos diversos, as pessoas podem chegar lá com coisas que vão desde cabides a livros, entre outros”, explica. Maiene ainda enfatizou que a feira não tem nenhum fim lucrativo ou comercial.

Às 17h, ainda do dia 20, a companhia de dança PorQua? organiza o Por Acaso. Trata-se de um momento de improviso musical. As pessoas tocam e criam acordes na hora, assim como dançam o que é tocado na base do improviso. Maiene reforça que o momento conta com a predominância da música instrumental e que tudo é decidido na hora: “As pessoas podem levar seus instrumentos, sua voz e corpo para participar da intervenção musical”.

Além disso, a semana conta com duas exposições simultâneas do próprio Museu de Arte Contemporânea. Cenas da Arte Brasileira e Experiências, Memórias e Identidades formam um conjunto de 126 obras. A seleção foi feita sob curadoria de Gilmar Camilo. “As exposições lançam luz sobre o acervo do MAC”, diz . O museu goiano tem 28 anos e, segundo Camilo, com o resgate da memória artística do Estado, tem conseguido dar visibilidade aos artistas goianos. 

“São 24 artistas goianos com obras expostas”, conta o curador. De acordo com ele, em ambas as exposições, tentou-se fazer um recorte dos caminhos da arte brasileira. “É um recorte difícil de fazer, mas conseguimos colocar artistas que, dificilmente, teríamos em outras exposições”, relata. Na mostra Experiências, Memórias e Identidades, explorou-se o recorte da identidade estética goiana, com artistas reconhecidos tanto pelo seu talento artístico, quanto na arte-educação. 

A mostra Cenas da Arte Brasileira, em específico, expõe desde o modernismo de Tarsila do Amaral até a arte de 2015. Segundo Gilmar Camilo, a exposição conta com obras desde o ano de 1967 até o ano passado. “Com a valorização do acervo goiano, a gente luta pela inserção de nossas obras no circuito das grandes exposições”, explica o curador.

Além do MAC, a semana também terá atividades no Museu da Imagem e do Som (MIS), além dos museus Pedro Ludovico Teixeira e Zoroastro Artiaga.  No interior, estão abertos o Museu Ferroviário de Pires do Rio, naquele município, e o Palácio Conde dos Arcos, na Cidade de Goiás. Mais nformações e programação: www.museus.gov.br. 

Foto: reprodução 

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