Cannes 2016: chegou a vez dos filmes brasileiros

A edição deste ano conta com três filmes nacionais selecionados

Postado em: 17-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Cannes 2016: chegou a vez dos filmes brasileiros
A edição deste ano conta com três filmes nacionais selecionados

Independentemente do que aconteça no Festival de Cannes deste ano, o cinema brasileiro já sai vitorioso, pois três curtas foram selecionados (A Moça que Dançou com o Diabo, na Mostra Competitiva; Abigail, na Quinzena dos Realizadores, e O Delírio é a Redenção dos Aflitos, na Semana da Crítica), e ainda dois longas serão exibidos na programação do evento: Cinema Novo, na Mostra Cannes Classics, e Aquarius, na Mostra Competitiva.

O primeiro longa, Cinema Novo, foi visto, ontem (16), pela imprensa internacional. Já Aquarius terá sua estreia nesta terça (17), mesmo dia das exibições de Julieta, de Pedro Almodóvar, e Ma’ Rosa, de Brillante Mendoza – todos concorrentes à cobiçada Palma de Ouro.  

Disputa

Continua após a publicidade

Aquarius, o primeiro longa do pernambucano Kléber Mendonca Filho desde o sucesso de O Som ao Redor e estrelado por Sônia Braga, está entre os 20 filmes que disputam pela Palma de Ouro do Festival de Cannes, que começou no último dia 11 de maio (até o próximo dia 22 de maio).

É a primeira vez, em oito anos, que um filme falado em língua portuguesa compete pela Palma de Ouro – a última havia sido com Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas, em 2008. Em 2012, Na Estrada, coprodução internacional dirigida por Salles e rodada em inglês, também competiu.

Aquarius também é o primeiro longa brasileiro selecionado no festival desde 2011, ano em que Trabalhar Cansa foi selecionado na mostra Um Certo Olhar. O Brasil levou a Palma de Ouro apenas uma vez na história, em 1962, com O Pagador de Promessas. O filme também marca o retorno de Sônia Braga à competição de Cannes, 31 anos depois de ela subir as escadas do famoso Palácio dos Festivais, com O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco, que concorreu na Mostra Principal do Festival. 

O filme conta a história de Clara, que mora de frente para o mar no Aquarius, último prédio de estilo antigo da praia de Boa Viagem, no Recife. Jornalista aposentada e escritora, viúva com três filhos adultos, ela irá enfrentar as investidas de uma construtora que quer demolir o prédio e dar lugar a um novo empreendimento. 

Além de Aquarius, o Brasil disputa neste ano outra Palma de Ouro, a de Melhor Curta-Metragem, com A Moça que Dançou com o Diabo, do paulista João Paulo Miranda Maria, escolhido entre mais decinco mil inscritos.  

Veja Também