Faça o exame de toque no seu animal

O câncer de próstata também atinge os pequenos animais e, por isso, também é alvo de combate no Novembro Azul

Postado em: 10-11-2016 às 10h15
Por: Renato
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O câncer de próstata também atinge os pequenos animais e, por isso, também é alvo de combate no Novembro Azul

Elisama Ximenes

Depois da campanha Outubro Rosa, novembro ficou azul em campanha contra o câncer de próstata. Assim como o câncer de mama, que pode se manifestar em cadelas e gatas, a doença também atinge cães e gatos machos e, por isso, também deve ser combatida nos pets. De acordo com dados da Associação Brasileira de Oncologia Veterinária (Abrovet), a incidência de câncer de próstata nos pequenos animais representa, em média, 0,4% de todos os tumores. Mas a pequena porcentagem não invalida a campanha, porque, ainda assim, a doença existe e precisa ser combatida.

Os procedimentos de prevenção, diagnóstico e tratamento são semelhantes aos realizados nos humanos e, dessa maneira, a conscientização volta-se para os mesmo pontos. Segundo o professor e especialista em Oncologia Carlos Eduardo Rocha, o macho adulto – castrado ou não – deve passar pelo exame de toque de retal a partir dos 5 anos de idade e, depois, repetir o procedimento anualmente. Ele explica que o contexto de surgimento da doença é o mesmo dos humanos: a próstata sofre alterações devido aos hormônios, o que acarreta em câncer.

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Além de prevenir, é possível, também, perceber alguns sinais comportamentais no animal. De acordo com o especialista, o dono pode observar se há tenesmo ou disquesia, que são, respectivamente, o esforço repetitivo e a dificuldade para defecar. “Dificuldades para urinar ou até mesmo o ato de urinar em gotejamento, além de perda de peso e dificuldade para locomover-se, também são sintomas”, explica o professor. Durante o exame de toque, para avaliar como está a situação da próstata do animal, o veterinário verifica se há aumento no órgão e se houve alguma mudança em sua característica física. 

O tratamento deve ser todo feito com o acompanhamento de um veterinário oncologista. Os procedimentos são, portanto, recomendados pelo especialista ao longo do tratamento e vão desde cirurgias de retirada a quimioterapia. Geralmente, as quimioterapias utilizadas são as mesmas aplicadas em humanos, mas Carlos Eduardo explica que já existem modernos quimioterápicos indicados exclusivamente para animais.

No caso dos humanos, quando se está tratando o câncer com quimioterapia, ocorre a queda de cabelos. Nos animais não é diferente, mas, devido à quantidade de pelos nos bichos, o número que cai é insignificante e, sendo assim, não há a possibilidade de eles ficarem completamente sem pelos como ficam alguns dos humanos. Os pets diagnosticados com câncer também correm o risco de serem acometidos pela metástase, que é quando o tumor se espalha por outros órgãos do corpo. “Quando isso ocorre, há pouco a ser feito, pois a progressão é muito rápida. Cabe ao oncologista oferecer qualidade de vida ao animal por meio do alivio da dor e do conforto ao animal e aos seus tutores”, finaliza o médico.

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