Klara Castanho processa Leo Dias, Antônia Fontenelle e Dri Paz por difamação, calúnia e injúria

Castanho, de 21 anos, alega que os três teriam inventado mentiras sobre sua gravidez, que resultou de um estupro, além de espalharem informações falsas na internet

Postado em: 05-09-2022 às 18h05
Por: Ana Bárbara Quêtto
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Castanho, de 21 anos, alega que os três teriam inventado mentiras sobre sua gravidez, que resultou de um estupro, além de espalharem informações falsas na internet | Foto: Reprodução

A atriz Klara Castanho entrou na Justiça com uma queixa-crime contra o jornalista Leo Dias e as youtubers Antônia Fontenelle e Dri Paz, por difamação, calúnia e injúria. A pena pode chegar até dois anos de prisão.

Castanho, de 21 anos, alega que os três teriam inventado mentiras sobre sua gravidez, que resultou de um estupro, além de espalharem informações falsas na internet.

A nova integrante da série ‘Bom Dia, Verônica’ afirma que se sentiu humilhada com a divulgação, sem seu consentimento, do abuso que sofreu. Em junho deste ano, a artista publicou em seu Instagram uma carta aberta, após boatos sobre uma possível gravidez.

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A história ganhou força depois que Fontenelle comentou, em uma live, que “uma atriz global teria engravidado e doado a criança para adoção”. Antes, no entanto, Leo Dias havia falado sobre o caso durante uma entrevista ao “The Noite com Danilo Gentili”, no SBT.

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Sobre o processo

Segundo a defesa de Klara, mesmo que Dias não tenha citado o nome da vítima, ao falar sobre “uma atriz que vende uma imagem que todo mundo acha que é santinha”, ele não teria deixado dúvidas de que se referia a ela.

Os advogados especulam, ainda, que o jornalista de fofoca teria repassado a informação – que vazou do hospital em que Klara estava, sem seu conhecimento – para Antonia e Dri Paz.

“Parir uma criança e não querer ver e mandar desovar para o acaso é crime, sim, só acha bonitinho essa história de adoção quem nunca foi em um abrigo, ademais quando se trata de uma criança negra. O nome disso é abandono de incapaz”, declarou Fontenelle em live.

Adriana Kappaz, mais conhecida como Dri, seguiu o mesmo pensamento da socialite e publicou na rede social Kwai um vídeo “imputando” o crime de abandono de incapaz à atriz.

“Essa menina tá alegando pra gente que ela foi vítima de abuso, que essa criança é vítima de um abuso (sic). Eu, eu não posso afirmar, essa parte eu não sei, tá gente? Porém, eu não acredito na história do abuso, gente”, disse a “influencer”.

Em julho, a Justiça negou uma liminar de Castanho contra a youtuber bolsonarista, que pedia a retirada das declarações feitas por Fontenele sobre a atriz. A juíza Flávia Viveiro de Castro, da 2ª Vara Cível da Barra, que assinou o documento, entendeu que a retirada seria uma forma de censura. O processo foi ajuizado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

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Carta aberta de Klara Castanho

Klara Castanho compartilhou sua história por uma carta aberta pelo Instagram, no dia 25 de junho. Antes de revelar que deu à luz a um bebê, fruto de um estupro, a atriz Klara Castanho escondia a gravidez da internet, para preservar sua integridade mental.

Meses após a violência, ela descobriu que estava gravida. Alguns dias depois já estava em trabalho de parto. Por ser vítima de estupro, a jovem de 21 anos tinha o direito de interromper a gestação, mas optou por seguir com a gravidez e entregar o bebê à adoção logo após o nascimento, de forma direta.

A atriz entrou em contato com o Ministério Público, explicou que havia sofrido uma violência sexual e que não tinha condições de ficar com a criança. No momento do nascimento, Klara optou por ficar sozinha na sala de cirurgia.

No dia seguinte, sua mãe foi visitá-la, tendo, assim, nenhum contato com o bebê. No caso da artista, por ser uma adoção voluntária e direta, os adotantes buscaram a criança no hospital. Dessa forma, ela nunca teve contato com algum abrigo.

Leia a carta:

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