Culinária libanesa é um conjunto de pratos e costumes culinários, além de uma herança da imigração

Petiscos como esfihas e mini quibes se popularizaram no Brasil com a chegada dos imigrantes sírio-libaneses

Postado em: 16-11-2021 às 09h32
Por: Redação
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Petiscos como esfihas e mini quibes se popularizaram no Brasil com a chegada dos imigrantes sírio-libaneses | Foto: Reprodução

Por Elysia Cardoso

A culinária libanesa é uma das mais famosas e populares de todo o mundo e isso se devem à história cultural do oriente médio entre os séculos Xvi e XX. a miscigenação cultural regional desta época contribuiu para o surgimento de uma gastronomia rica e singular, também inspirada na culinária síria, e que se difundiu e agradou os paladares não apenas do oriente, mas de todo o ocidente. a culinária libanesa representa os hábitos, costumes e influências do povo libanês em todo o seu contexto histórico e cultural.

Os intensos processos migratórios fixaram de 7 a 11 milhões de libaneses e descendentes no brasil. Enquanto isso, a população do Líbano é de 6,8 milhões de pessoas, ou seja, menos do que a população de Santa Catarina, estimada em 7,2 milhões. Os primeiros imigrantes vindos da síria e do Líbano chegaram ao Brasil no século XiX. Adaptaram se bem, principalmente porque os brasileiros herdaram os costumes árabes, como o gosto pelo café e pelos doces. Trouxeram sua culinária própria, então o quibe, as esfihas, coalhadas, o cravo e a canela, ficaram definitivamente na dieta brasileira.

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O quibe, conhecido pelos libaneses como kibbeh, é um prato muito popular e considerado o prato nacional no Líbano, Síria e Iraque, sendo também comum no norte da áfrica, na Turquia, na península arábica e em parte do Cáucaso, como na armênia. O nome deriva de kubbeh que em árabe significa bola. É um bolinho de massa de triguilho ou semolina, recheado com carne (eventualmente substituída por carne de soja), temperada com ervas, que pode ser servido cru, cozido ou frito.

Influencia da França no Líbano

Os laços da França com o Líbano são fortes e antigos. Com o fim do império otomano, depois da primeira guerra mundial, a França recebeu um mandato da liga das Nações, a antecessora da ONU, para a administração e construção do Líbano. A relação se manteve mesmo depois da independência do Líbano, em 1943. Uma parte da elite libanesa fala, até hoje, francês. Muitas escolas dão aulas em francês. Muitos libaneses ricos têm uma segunda residência na França. a parcela cristã da sociedade libanesa, que corresponde a 39% da população, vê na França uma espécie de potência protetora.

Na culinária, o Líbano teve influência e adoção de vários pratos franceses. Devido à ramificação cultural libanesa, sua culinária é repleta de aromas, temperos, especiarias e ervas, frutas, verduras e legumes frescos, conservas, azeite, trigo, lentilhas, açafrão, canela, gergelim, pimenta, cravo, noz-moscada, cominho, páprica, coentro, cebolinha, salsa e hortelã. Tais especiarias valiam quase que seu peso em ouro, e isso impulsionou fortemente as grandes navegações de comércio nos séculos Xv e Xvi.

Além disso, libaneses e franceses compartilham do amor pela panificação. o pão, desde a época mesopotâmica até os dias de hoje, é consumido em larga escala pelos países árabes, e era o único sustento dos povos pobres. Enquanto os franceses são consumidores assíduos das baguetes, os libaneses consomem o pão pita, que é o mais conhecido, sendo a base de muitos pratos e refeições da culinária árabe. Os recheios variam de queijos, ovos ou até mesmo espina.

INgredIeNtes

✒500 g de carne moída (patinho ou coxão mole bem limpo)

✒ 250 g de trigo para quibe

✒ 1 cebola grande ou 2 pequenasraladas

✒ Folhas de 1 maço de hortelã bem picadinhas

✒ 5 dentes de alho bem picadinhos

✒ sal a gosto

✒ pimenta síria a gosto

✒ 3 colheres cheias de margarina

✒ 4 cebolas grandes cortadas em rodelas

✒ azeite

Modo de preparo

Lavar o trigo para quibe e deixar de molho na água por no mínimo 2 horas. depois disso, coloque o trigo em outra vasilha maior, espremendo – o, mas não muito (deixe – o bem úmido). Junte a carne moída, a cebola, o alho, a hortelã, o sal e a pimenta síria. agora trabalhe, ou amasse bem essa mistura, pois dizem os libaneses, que o grande segredo do quibe é trabalhar bem essa massa, para que o quibe fique mais gostoso e dê certo.

experimente para ver o sal e a pimenta que são tempero sim portantes. Junte a margarina e a masse mais um pouco. Coloque metade dessa mistura de quibe numa forma média que vá ao forno, espalhe o recheio de cebola com o azeite, cubra com o restante do quibe. por cima, coloque uns pedacinhos de margarina bem distribuídos. Cubra a forma com papel alumínio. Leve ao forno para assar em fogo médio por uma hora.Não tire o papel alumínio, para que o quibe não resseque.

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