Morre cartunista Ota aos 67 anos; corpo foi encontrado em seu apartamento

Famoso pela revista ‘Mad’, Otacílio morreu aos 67 anos no Rio de Janeiro

Postado em: 24-09-2021 às 17h52
Por: Maria Paula Borges
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Famoso pela revista ‘Mad’, Otacílio morreu aos 67 anos no Rio de Janeiro | Foto: Reprodução

Morreu nesta sexta-feira (24/09), o cartunista Otacílio Costa d’Assunção Barros, popularmente conhecido como Ota. Ele era atuante desde os anos 1970 e ganhou destaque na edição brasileira da revista de humor ‘Mad. O ilustrador carioca tinha 67 anos e corpo foi encontrado em seu apartamento na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.

A morte do cartunista foi confirmada por pessoas próximas. Conforme informações, vizinhos estavam sem contato com Ota havia cinco dias e então, os bombeiros foram acionados. Ao arrombarem a porta do apartamento, encontraram o artista morto.

Segundo o quadrinista e roteirista Arnaldo Branco, a importância de Ota no cenário brasileiro é ‘tremenda’, e mencionou outros trabalhos do cartunista. “A importância dele é tremenda. Foi o primeiro contato de várias gerações com o humor gráfico, graças a seu trabalho na “Mad”, que era como um “Pasquim” para adolescente. Fora seu trabalho como tradutor e editor de vários quadrinhos nacionais e estrangeiros. Ele influenciou muito o meu trabalho. Todo desenhista de traço, vamos dizer assim, econômico deve demais ao Ota. Ele me encorajava a ser direto, cru e infame”, disse.

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Branco acrescentou ainda que Ota era ‘uma figura, maluco e querido’. Além disso, disse que era amado por todo mundo e que nunca ouviu ninguém falar uma palavra negativa sobre o falecido cartunista.

Biografia

Otacílio Costa d’Assunção Barros era formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ingressou na Editora Brasil-América Latina (EBAL) em 1970, permanecendo até o final de 1973. No mesmo ano entrou para a Editora Vecchi e lançou pela editora Górrion três edições autorais pela revista ‘Os Birutas’, cujos personagens foram publicados como tiras diárias, entre 1972 e 1973. Nessa época colaborou para publicações como A Roleta, Vírus e A Mosca.

Em 1974 se tornou editor responsável pela versão brasileira da revista “Mad”, onde permaneceu por décadas exercendo variadas funções. Na edição nacional, ele publicava os ‘Relatórios Ota’, onde assinava arte e texto, combinando traços simples e piadas mordazes para dar visão sarcástica de temas do momento.

Além disso trabalhou em outras publicações como o Jornal do Brasil e Folha Dirigida. Em 1994, recebeu o prêmio de Melhor Revista Independente no Troféu HQ Mix pelo título “Revista Ota”.

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