Suspeita de esquema de corrupção por empresa contratada pelo Inep vira caso de polícia

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (07/12) a Operação Bancarrota, que tem como alvo uma empresa, contratada pelo Instituto

Postado em: 07-12-2021 às 11h56
Por: Nielton Soares
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Operação Bancarrota foi deflagrada na manhã desta terça-feira (07/12) pela Polícia Federal (PF) no DF, SP e RJ | Foto: PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (07/12) a Operação Bancarrota, que tem como alvo uma empresa, contratada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), suspeita de corrupção.

A investigação policial é em conjunto com a Controladoria-Gera da União (CGU), que também participou do cumprimento de 41 mandados de buscas e apreensões, realizadas em endereços do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro.

A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de R$ 130 milhões das empresas e pessoas físicas acusados de envolvimentos no esquema. A força tarefa contou com 127 policiais federais e 13 auditores da CGU para o cumprimento das diligências.

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Esquema

De acordo com a PR, entre os anos de 2010 e 2018, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) contratou para realização do ENEM uma multinacional sem licitação.

A apuração indicou que houve envolvimento de servidores do próprio instituto com diretores da empresa contratada e de outras companhias de consultoria, que foram subcontratadas pela multinacional.

De acordo com a PF, os contratos sob investigação totalizaram um pagamento às empresas de R$ 880 milhões, desde 2010. Desse montante, estima-se que cerca de R$ 130 milhões foram superfaturados para fins de comissionamento da organização criminosa, que é composta por empresários, funcionários das empresas envolvidas e servidores públicos. As investigações apontam para um enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões dos servidores do INEP suspeitos de participação no esquema criminoso.

Os envolvidos são suspeitos do cometimento dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da lei de licitações e lavagem de dinheiro, com penas que ultrapassam 20 anos de prisão.

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