Ciência: primeira dose de vacina brasileira contra a Covid-19 é aplicada, em Salvador

A vacina brasileira contra a Covid-19 inicia o primeiro estudo clínico que aplicará o imunizante em 90 voluntários.

Postado em: 13-01-2022 às 16h27
Por: Victoria Lacerda
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A vacina brasileira contra a Covid-19 inicia o primeiro estudo clínico que aplicará o imunizante em 90 voluntários. | Foto: Reprodução/Internet

A primeira dose da vacina brasileira contra a Covid-19, nomeada tecnicamente como RNA MCTI CIMATEC HDT, foi aplicada em um voluntário no país nesta quinta-feira (13/01). O primeiro a receber a dose da vacina brasileira foi o técnico de segurança patrimonial Wenderson Nascimento Souza, de 34 anos de idade. A vacinação foi realizada em evento em Salvador (BA), na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cimatec), que conduz a pesquisa.

A vacina brasileira contra a Covid-19 inicia o primeiro estudo clínico que aplicará o imunizante em 90 voluntários com idades entre 18 e 55 anos de idade. A fase 1 do estudo escolherá, de forma aleatória, a dose mais segura e o regime de dose que estimula resposta durável de anticorpos que neutralizam o organismo contra o novo coronavírus.

A expectativa do pesquisador é de que a primeira fase do estudo seja concluída em três meses, e que, se tudo der certo, em um ano ou pouco mais a vacina já esteja disponível. Na fase 2, que terá a participação de 400 voluntários, será testada a eficiência da vacina; e a fase 3 é a da administração em larga escala.

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Vacinação

A vacina RNA MCTI CIMATEC HDT é composta de duas partes, que são misturadas antes da aplicação: uma molécula de replicon de RNA (repRNA) e uma emulsão composta por água e um tipo especial de óleo e moléculas magnéticas, chamada de Lion, que ajuda a proteger a molécula do repRNA e faz o transporte até as células alvo.

Segundo o infectologista Roberto Badaró, a vacina brasileira, que é de terceira geração, apresenta alguns benefícios específicos, como o uso de um número menor de componentes, podendo ser aplicada em doses mais baixas e sem a necessidade de imunizações seguidas. “Poderemos, em um sequenciamento e com a capacidade de sintetizar em uma única proteína as cinco variantes, ter uma vacina com as cinco variantes, no futuro. Portanto, podemos ter a vacina que rotineiramente será utilizada”, explicou o médico infectologista à Agência Brasil. 

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