Operadores de câmera denunciam péssimas condições de trabalho e tratamentos humilhantes durante BBB
A situação denunciada pelos profissionais foi filmada e anexada a ação trabalhista coletiva
Por: Augusto Sobrinho
O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro tem uma ação trabalhista coletiva contra a TV Globo e o Grupo LET, que envolve os bastidores de edições anteriores do programa Big Brothers Brasil. Cinco operadores de câmera e um assistente de operações do reality denunciam irregularidades trabalhistas, péssimas condições de higiene e de trabalho e, além disso, “tratamentos humilhantes e grosseiros” vindos de José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho.
A situação denunciada pelos profissionais, que foram contratados temporariamente pelo Grupo LET para trabalharem na edição de 2020 do reality show, foi filmada e anexados sete vídeos ao processo. Segundo eles, haviam máscaras de proteção contra a covid-19 jogadas no chão, sujeira, fios embolados e canos abertos, “por onde saíam ratos, cobras e aranhas”. Eles também solicitam equiparação salarial e horas extras não-remuneradas.
Na ação, os prestadores de serviço pedem um valor estimado de R $45 mil de indenização por autor e R $270 mil para toda a ação coletiva. Uma audiência virtual já foi realizada no dia 23 de setembro do ano passado, mas as testemunhas dos advogados dos prestadores de serviço da Globo não conseguiram participar devido à “impossibilidade técnica e prática”. Com isso, uma nova audiência foi marcada para dois meses após a edição do BBB neste ano, no dia 21 de junho, às 13h, no Rio de Janeiro.
