No Brasil, mortes associadas a gravidez são 4 mil a mais que o registrado, diz estudo

Alta corresponde a 34% em relação aos dados do Ministério da Saúde entre 2016 e 2021.

Postado em: 07-07-2022 às 12h36
Por: Luan Monteiro
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Alta corresponde a 34% em relação aos dados do Ministério da Saúde entre 2016 e 2021. | Foto: Reprodução

No Brasil, o número de mortes de mulheres grávidas e puérperas foram quase 4 mil a mais que o registrado pelo Ministério da Saúde. As informações são de um levantamento realizado pelo Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBR). O número representa 34% a mais que os dados oficiais de mortalidade associada a gestação.

O levantamento levou em conta informações entre 2016 e 2021. Segundo dados oficiais do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), foram notificadas, no período, 11.436 mortes relacionadas a gravidas ou puérperas de até 42 dias após o parto no país.

Os novos dados estarão disponíveis em um banco de dados da organização. “O objetivo do OOBR é pegar bancos de dados que já são disponíveis e transformar isso em painéis de [mais fácil acesso]”, afirma Rossana Vieira Francisco, professora associada de obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenadora do observatório.

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Oficialmente, a morte materna ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o nascimento do bebê. Também é preciso que a causa do óbito seja relacionada com a gravidez ou tenha sido agravada por ela.

Outra forma é a morte tardia, que ocorre após 43 dias do parto. “Por exemplo, uma mulher que engravidou e pegou Covid. O parto foi feito e ela foi internada na UTI. Ela veio a falecer 43 dias após o parto. Ela é considerada uma morte materna tardia”, afirma a coordenadora.

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