Donald Trump pretende destruir EI

Especialista diz, porém, que missão está se tornando difícil devido ao grupo radical estar em “rota de fuga”

Postado em: 10-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Especialista diz, porém, que missão está se tornando difícil devido ao grupo radical estar em “rota de fuga”

Apesar do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ter prometido acabar com o Estado Islâmico (EI) de uma vez por todas, o grupo radical já está fugindo devido ao aumento da pressão sobre as suas bases. Segundo Wayne White, ex-diretor-adjunto do Escritório de Inteligência do Oriente Médio do Departamento de Estado dos EUA, a maior parte do trabalho pesado já foi feito e o EI está em rota de fuga. As informações são da agência de notícias chinesa Xinhua.

Os bombardeios aéreos contínuos dos Estados Unidos e da coalizão internacional, além dos esforços dos EUA apoiados por curdos sírios e iraquianos, pelo exército iraquiano, tribos sunitas árabes iraquianas, milícias iraquianas xiitas e, mais recentemente, pelo exército turco, reduzirem largamente o território original do EI e degradaram fortemente suas forças, disse White.

“Uma vez que a cidade de Mossul for liberada – a única área urbana verdadeiramente grande que permanece sob o controle do EI – o curso será muito mais fácil no Iraque”, disse ele.

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Para o especialista, os bombardeios e uma série de forças opostas em terra estão prestes a dar o golpe final no EI  – tudo isso com vários milhares de conselheiros dos EUA funcionando como  assessores de combate.

Segundo White, nesta fase tardia do esforço anti-EI na Síria e no Iraque, talvez o papel mais importante que Trump e os militares dos EUA pudessem desempenhar é a pressão para que as vastas fronteiras com a Jordânia e a Arábia Saudita no flanco sul, dominado pelo EI, sejam patrulhadas da melhor forma possível.

“Além de derrotar as bases do EI, um trabalho muito mais difícil para Trump será a tarefa complexa de minimizar os ataques terroristas domésticos e internacionais relacionados ao grupo contra alvos dos EUA. Isso exige esforços intensos de coleta de informações  para combater as ameaças antes que eles ataquem o número quase ilimitado de alvos disponíveis”, disse White.

“Esse esforço pode durar anos, e movimentos provocativos como fazer declarações anti-muçulmanas ou adotar políticas anti-muçulmanas poderiam muito bem aumentar – e não diminuir – o perigo de radicalização e a consequente violência”, disse o ex-diretor-adjunto do Departamento de Estado dos EUA. (Agência Brasil)

 

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